A FNU – Federação Nacional dos Urbanitários – é signitária da nota
Entidades municipalistas, do setor de saneamento básico e da sociedade civil organizada publicaram nesta sexta-feira, 26/10, uma nota conjunta contra a Medida Provisória 844/2018, que traz alterações para o marco legal do saneamento básico no Brasil. De acordo com as entidades, as mudanças propostas pela MP são prejudiciais ao setor e poderão dificultar a universalização do acesso ao saneamento básico, aumentando a desigualdade social do país. No texto, as organizações solicitam a rejeição da MP pelo Congresso Nacional e se comprometem em contribuir para a construção de uma nova proposta que contemple os interesses da população. Veja abaixo a nota:
Nota Conjunta sobre a Medida Provisória 844/2018
Os municípios brasileiros, entidades do saneamento básico e organizações da sociedade civil reforçam o posicionamento contrário à Medida Provisória (MP) 844, de 06 de julho de 2018, que altera o marco legal do saneamento no Brasil. É consenso entre as entidades que as mudanças propostas pela MP não serão capazes de enfrentar os problemas do saneamento básico, trazendo ainda mais insegurança jurídica, com a iminente desestruturação das políticas públicas do setor.
Trata-se de uma MP inconstitucional, que afeta a titularidade municipal, o subsídio cruzado e a lógica dos ganhos de escala, prejudicando os municípios mais pobres e gerando um grande risco de aumento das tarifas de água e esgoto em todo o país. Nesse contexto, estará comprometida a universalização dos serviços. E a MP, ao contrário do defendido pelo Governo Federal, promoverá a desestruturação do setor de saneamento, agravando as diferenças entre cidades ricas e pobres.
Diante dessa ameaça, as entidades conclamam o Congresso Nacional para a rejeição da MP 844, encerrando sua vigência e a tramitação da proposta.
A partir da rejeição da MP, as entidades se comprometem a participar da construção democrática de uma proposta de modernização para o setor de saneamento básico, que, de fato, contemple os interesses da população, do setor público e privado, com a inafastável segurança jurídica, fundamental para a tão necessária e inadiável universalização do serviço.
Brasília, 26 de outubro de 2018.
Assinam:
Associação Brasileira de Municípios – ABM
Associação Brasileira de Agências de Regulação – ABAR
Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – ABES
Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento – Aesbe
Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento – Assemae
Federação Nacional dos Urbanitários – FNU
Frente Nacional de Prefeitos – FNP
Frente Nacional pelo Saneamento Ambiental – FNSA
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