Um dos motivos do Governo Federal alega para venda da Eletroacre é que a empresa estatal está gerando prejuízo, mas o que se tem observado é o contrário. A diretoria atual da empresa autorizou duas reformas na sede em mais de R$ 100 mil. Sendo que no processo de privatização, a União sugeriu a venda em R$ 50 mil de todo patrimônio da estatal acreana.
De acordo com o processo licitatório do contrato de nº. 087/2018 referente à reforma da guarita da sede, a Eletroacre vai desembolsar R$ 36.499,81. Já no contrato de nº. 083/2018, referente à reforma do hall e recepção também na sede da empresa será de R$ 70.098,82. Nos dois contratos serão usados recursos próprios.
Para o secretário-geral do Sindicato dos Urbanitários do Acre, Marcelo Jucá, é um absurdo a diretoria da Eletroacre gastar mais de R$ 100 mil em uma reforma, sendo que alega que não tem dinheiro para disponibilizar equipamentos de seguranças aos funcionários.
“Alega que não tem recursos para investir em equipamento de segurança para eletricista como também veículos para atender os consumidores da capital e do interior. Vale a pena lembrar que o valor dessa pequena obra é duas vezes maior do que o preço sugerido para venda de toda estrutura da Eletroacre”, disse Jucá.
O diretor do Sindicato dos Urbanitários do Acre, Mauro Bezerra, afirmou que reforma tem o intuito principal de maquiar a empresa para inciativa privada.
“Temos que denunciar esse absurdo. É uma vergonha o que a diretoria da Eletroacre está fazendo com seus trabalhadores e também com os consumidores. Hoje os funcionários trabalham de forma precária e a qualidade do serviço oferecido para a população é ruim. Mas parece que alto escalão da empresa está preocupado em ter prédios novos e reformas para entregar ‘bonitinho’ para iniciativa privada”, denuncia.