esde a chegada do novo acionista majoritário, Iberdrola, os trabalhadores do grupo Neoenergia tem vivido um verdadeiro clima de terror nas empresas. As famigeradas demissões são cada vez mais constantes e totalmente sem critérios. A Intersindical fez diversas manifestações de repúdio nas reuniões com a direção da holding e enviou inclusive uma carta ao Presidente da Neoenergia, Mário José Ruiz.
Apesar do esforço dos dirigentes e das ações empreendidas no sentido de inibir essa prática dentro das empresas, as demissões seguem o mesmo ritmo. “É uma situação de total desrespeito. Temos casos que não se justificam e a desculpa é sempre a famigerada “baixa produtividade”, que nunca é comprovada, já que em sua maioria os trabalhadores sempre obtiveram excelentes avaliações de desempenho e foram inclusive elogiados pelos seus chefes imediatos”, questiona José Fernandes.
O que se comprova é que a decisão de demitir indistintamente é do novo acionista majoritário (Iberdrola), que
impõe sua lógica de maximizar lucro e espalhar o clima de terror para intimidar os trabalhadores. A situação se
comprova inclusive pela falta de argumentos dos gestores no processo de demissão. “Eles não conseguem sequer justificar o motivo de demitir. É uma situação desconfortável e injusta”, lamenta o coordenador.
A Intersindical segue fazendo articulações no sentido de denunciar esta prática. “Estamos atuando para evitar que as demissões persistam. A luta é em várias áreas, inclusive com denuncia na OIT e outras esferas. Mas, o fundamental é haver também a união dos trabalhadores na luta para fortalecer as suas entidades e podermos combater esta prática com mais força”, frisa Fernandes.
Fonte: Ascom SINTERN