Eletrobras publicou seu novo plano diretor que prevê redução de custos com pessoal por meio de PID – Plano de Incentivo ao Desligamento.

O conselho de administração da Eletrobras aprovou, nesta segunda-feira (18/12), o novo Plano Diretor de Negócios e Gestão (PDNG) para 2018-2022. A empresa lista em seu plano iniciativas para reduzir custos com pessoal em cerca de R$ 959 milhões, por meio do Plano de Incentivo ao Desligamento (PID).

A estimativa de redução é de R$ 890,4 milhões ao ano, se houver desligamento em 2018 de cerca de 3.017 empregados.

O plano ocorrerá após a implantação do Centro de Serviços Compartilhados (CSC) e do sistema de gestão PRO-ERP, que promoverá a centralização de áreas administrativas e financeiras. O processo será iniciado nas empresas do Rio de Janeiro e depois nas filiais em Florianópolis, Recife e Brasília.

Está prevista ainda redução das despesas com contas gerenciáveis de pessoal tais como: horas extras, adicional de sobreaviso e adicional de periculosidade; e contratação única de benefícios para as empresas Eletrobras visando o ganho de escala e consequente redução de custos.

Menos investimentos

O plano prevê também investimentos 45% menor ante os R$ 35,8 bilhões do planejamento para 2017-2021. Serão apenas R$ 19,75 bilhões em geração, transmissão, distribuição e infraestrutura

Investimentos Corporativos de 2018-2022
. Geração: R$ 5.146.677
. Transmissão: R$ 7.299.910
. Infraestrutura e outros: R$ 1.531.665
. Distribuição: R$ 260.825

Investimento em Sociedades de Propósito Específicos (SPEs): R$ 5.517.195
. Geração: R$ 4.836.856
. Transmissão: R$ 680.339

Desinvestimentos

Ainda poderá ocorrer a venda de ativos cujos valores serão usados na redução do endividamento da empresa, de acordo com o fato relevante. “Para efeito de estimativas, no âmbito desta iniciativa, foram selecionados um total de 77 SPEs e 6 outorgas corporativas, que totalizam cerca de R$ 4,6 bilhões, em valor contábil na data base de 30 de junho de 2017.”

O governo anunciou em agosto planos para privatizar a Eletrobras, mas a estatal ressaltou em seu plano que “a efetivação da operação depende de autorizações governamentais, legislativas e regulatórias, assim como avaliação e confirmação do modelo a ser adotado”.

A Eletrobras ainda lembrou do plano de desestatização, proposto pelo Ministério de Minas e Energia (MME) ao Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República (CPPI), que deverá ocorrer pela subscrição pública de ações ordinárias, sem participação do Governo Federal, que terá sua fatia diluída.

Outros pontos lembrados são a privatização das distribuidoras, submetida à aprovação em assembleia geral extraordinária (AGE), marcada para o dia 28 de dezembro, venda de participação em SPEs, de outros ativos e de imóveis administrativos. (com informações do G1 e Valor Econômico)