A Intersindical tem buscado negociar a PLR desde o início do ano. Mas, lamentavelmente, apesar deste esforço, os representantes da Iberdrola não mostraram interesse em discutir esta questão com a responsabilidade que o tema exige. Para se ter ideia, somente em maio a holding agendou a primeira reunião, mas desmarcou na noite da véspera do encontro ocorrer. Após muita cobrança, a primeira rodada de negociação ocorreu somente no dia 13 de junho. Na oportunidade, os sindicatos repudiaram a conduta que a Neoenergia/Iberdrola tiveram. Na prática só mostraram o modelo da PLR no meio do ano. Os trabalhadores querem jogar o jogo e para isso tem que saber e conhecer as metas e indicadores em janeiro quando começa o ano.
A Intersindical exige mudanças do comportamento da Iberdrola na aplicação de métodos da PLR, que devem ser discutidos de forma antecipada para que os trabalhadores possam se organizar, conhecer e empreender ações que resultem nos resultados desejados. Metas devem ser estabelecidas para serem atingidas e fazer uma equipe campeã e não como limitador para não serem alcançadas.
A Intersindical entende que os trabalhadores precisam conhecer e executar metas físicas, aquelas que sabem o que tem que fazer a fim de influenciar nos resultados. Hoje temos colocação de indicadores que dependem de variáveis, a exemplo do índice de perdas (IPE) que depende do mercado – energia injetada, a ação dos trabalhadores se restringe em recuperar energia. O indicador para os trabalhadores deveria ser recuperação de MWh, pois é o que o trabalhador realiza.
Não vamos aceitar o novo limitador como quer a Iberdrola – Eles querem restringir nossa PLR em duas folhas e meia dos salários dos seus empregados. Já temos metas que limitam, temos percentual do EBITDA e ainda querem folha dos salários. A lógica é pagar menos PLR e enviar cada vez mais lucro para a Espanha. Não permitiremos que isso aconteça a base do suor dos trabalhadores brasileiros.
Em ano de aplicação de percentual da revisão tarifária que propaga a melhoria nos lucros, EBITDA e de forma geral nos indicadores, fazem de tudo para reduzir a PLR dos trabalhadores. Os trabalhadores têm dado muito o suor para conseguir atingir os indicadores das empresas. São metas em cima de metas e muitos são demitidos sem dó e nem piedade. A cada dia são obrigados a aumentar a produtividade, mas, na hora de reconhecer todos esses esforços vem o patrão espanhol para retirar conquistas, confiscar seu dinheiro e levar o lucro produzido por nós para a Iberdrola. Em pleno mês de outubro, após dez meses no ano, querem impor retrocesso com metas inatingíveis e limitar valores de PLR para os trabalhadores usando como referência a folha de pagamento.
A Intersindical não aceitará redução de dinheiro na hora de compensar os esforços dos seus operários. Queremos PLR justa por tudo que temos realizados para a melhoria das empresas e dos resultados.
Mário Ruiz e Galan precisam colocar “a cara na tela” e não apenas enviar as ordens de cima para baixo tirando nossos direitos e conquistas. Tudo vem acontecendo após o Grupo Iberdrola assumir de forma majoritária a direção da Neoenergia. É a Espanha ditando as regras e querendo fazer os brasileiros de escravos. Registrese que há seis meses a Intersindical solicitou uma reunião com os acionistas espanhóis. Eles simplesmente fizeram ouvido de mercador até a presente data. QUEREMOS UMA PLR JUSTA!
Fonte: Ascom Intersindical Neoenergia