“A Reforma Trabalhista não era um projeto para ser construído coletivamente, debatido com patrões e empregados, mas a entrega de uma encomenda, pagamento pelo apoio de parte do empresariado à troca de comando na República”, escreve o jornalista Leonardo Sakamoto.

“Tanto que, ao analisar seu DNA, vemos que ela nasceu baseada em demandas apresentadas por confederações empresariais e grandes empresas junto com posições derrotadas em julgamentos no Tribunal Superior do Trabalho que significaram perdas a empresários e ganhos a trabalhadores. A esse pacote inicial, somaram-se dezenas de propostas de parlamentares e de seus patrocinadores. Mais de 120 alterações foram feitas. Algumas boas, outras inócuas e um pacotão de maldades”, disse.

Segundo o jornalista, “o PIB cresce menos que o esperado, os empresários não tiveram confiança para investir, as eleições geraram incerteza, o mercado consumidor não reagiu e as políticas públicas não foram suficientes para fazê-lo reagir – há uma série de justificativas para explicar a situação. Mesmo o pífio crescimento deveu-se ao pequeno aumento do PIB e não às mudanças da reforma. Afinal, crescimento econômico é que gera emprego”.

“Uma mudança do tamanho de uma Reforma Trabalhista, que passou a valer há um ano, não impacta a realidade de uma hora para a outra. Mas os envolvidos em sua aprovação martelaram, dia e noite, nos veículos de comunicação, que era exatamente isso o que aconteceria. E a promessa de melhoria rápida do cenário do emprego foi usada para enganar a população desesperada por conseguir um serviço. Mais do que propaganda enganosa, a isso se dá o nome de chantagem. Das mais baixas”, afirma.

Leia a íntegra no Blog do Sakamoto

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