Os diretores do Sindicato dos Urbanitários – SINTEPI fizeram visitas aos parlamentares na Assembleia Legislativa do Piauí. E nos próximos dias, novos gabinetes serão visitados, pois o objetivo, com o apoio de outras entidades representativas de sindicatos e da sociedade civil organizada, é mostrar para os deputados de todos os partidos os atos de arbitrariedade e abuso de poder que a empresa forasteira Equatorial vem praticando dentro da Cepisa. Entre os deputados que receberam a visita dos diretores do SINTEPI foi Francisco Lima (PT).

O deputado se prontificou a propor requerimento ao plenário da Câmara estadual para um pedido de aprovação de audiência pública. Sendo aprovado o requerimento, a previsão é que a audiência aconteça na primeira quinzena de dezembro, tendo a participação de entidades representativas da sociedade civil, do SINTEPI e da própria Equatorial Energia.

O presidente do SINTEPI, Paulo Sampaio, afirmou que o objetivo de uma possível audiência pública é discutir, debater e tirar devidos encaminhamentos de proteção dos trabalhadores da Cepisa e os consumidores piauienses. Isso porque a Equatorial está tocando uma política de terrorismo interno dentro da antiga Cepisa, descumprindo cláusulas assinadas nacionalmente do Acordo Coletivo de Trabalho, em vigor até abril de 2019, descumprindo decisão liminar da Justiça do Trabalho piauiense, que determinou a não demissão de empregados e a readmissão dos já demitidos, bem como a empresa fez promessas de redução da tarifa de energia, ainda em julho deste ano, mas não se pronuncia mais sobre o anúncio.

Os deputados da Alepi estão sendo informados sobre abuso da Equatorial, que divulgou, inclusive tendo registro na mídia nacional, que, com a compra da Cepisa, os consumidores iriam ter ganhos com uma redução na tarifa de 8,5%; no entanto, além de não ter havido até o momento nenhuma redução, a empresa não se pronuncia sobre isso e ainda existe nos bastidores um plano da empresa de fazer um ‘tarifaço’, ou seja, um aumento nas contas de energia, o que prejudicará a todos os piauienses. Se isso acontecer, os novos controladores da Cepisa, que compraram a empresa em um leilão fraudulento, sem concorrência, pelo preço irrisório de R$ 45 mil, terão que se explicar perante a Justiça, Ministério Público Estadual (PROCON), perante a Assembleia Legislativa e à sociedade, que não vai poder pagar essa conta.

 

Fonte: ASCOM SINTEPI