Trabalhadores de empresas estatais se reuniram na última semana, na sede do Sindicato dos Petroleiros do Ceará, para iniciar os primeiros passos do que será a “Frente Cearense em Defesa das Estatais”. Eletricitários, petroleiros, bancários, portuários, trabalhadores em Correios e demais categorias que estão com empresas estatais ameaçadas de venda ou fechamento pelo governo Bolsonaro construirão uma agenda de lutas para 2019 com o objetivo de barrar o entreguismo.
“Diante dos ataques à soberania anunciados por Jair Bolsonaro e sua equipe de generais, torna-se necessária uma reação por parte dos trabalhadores a nível nacional e local. O Sindipetro CE/PI toma uma iniciativa importante em incentivar a união dos trabalhadores em nosso Estado”, disse Emanuel Menezes, diretor da Federação Única dos Petroleiros.
Na reunião houve análise de conjuntura da situação dos setores. “As empresas estaduais de distribuição de energia estão todas entregues”, lamentou Reginaldo Leitão, representando da categoria dos eletricitários.
Jorge Oliveira, presidente do Sindicato dos Petroleiros do Ceará, pontuou a situação de ameaça em que a Petrobras se encontra, com o posicionamento claro de seu novo presidente, Castello Branco, de entregar e vender praticamente toda a Companhia. “Aqui no Ceará tivemos a venda da Usina de Biodiesel em Quixadá ainda na gestão Temer, mas a exploração em águas rasas em Paracuru, Campos Maduros em Icapuí, Refino em Fortaleza, Termoelétrica no Pecém e Transpetro; todas estão ameaçadas de privatização”, disse.
Entre as propostas iniciais, ficou decidida a criação de uma plenária com trabalhadores e movimentos sociais; a criação de um canal na internet com vídeos sobre a importância das estatais e a confecção de uma cartilha conjunta para distribuição em bairros e escolas. (fonte: Sindipetroce-pi)
A próxima reunião ficou marcada para quinta-feira (31/1), na sede do Sindipetro (Avenida Francisco Sá, 1823, Jacarecanga).
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ÁGUA, ENERGIA E SANEAMENTO NÃO SÃO MERCADORIAS!