Se não bastassem os longos cinco anos sem um centavo de reposição salarial, os trabalhadores da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe denunciam um cabedal imenso de irregularidades, acontecendo de forma escancarada para qualquer um ver; portanto, com a anuência dos gestores daquela Autarquia.
Muitos fingem não ser responsáveis por tais mazelas, pois se dizem vítimas das circunstâncias e, além disso, a COHIDRO depende unicamente de recursos do Governo do Estado para tudo, ou seja, não tem arrecadação.
Dentre as diversas irregularidades atualmente ocorrendo na Companhia, uma das que mais chama a atenção, por se tratar diretamente da saúde do trabalhador, é a ausência de um Médico do Trabalho naquele órgão que possa emitir o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO).
Sem esse profissional, os exames periódicos obrigatórios exigidos pelo MTE, que deveriam religiosamente ser efetuados todos os anos, estão desde o ano de 2014 sem acontecer; um risco seríssimo para todos, pois com essa negligência, muitos que não fazem exames de forma particular estão simplesmente sem saber como anda a sua saúde, portanto, sujeitos a situações imprevisíveis.
Isso sem falar das pesadíssimas multas que podem ser aplicadas pelo MTE sobre o número total de trabalhadores que se encontram com os exames em atraso.
Outra incômoda e prejudicial situação refere-se a enorme quantidade de gatos perambulando por toda a área da sede da Companhia, causando uma fedentina horrível, coisa facilmente percebida assim que uma pessoa adentra naquele local. A situação se tornou tão crítica que alguns trabalhadores já foram acometidos de micoses e verminoses advindas das fezes daqueles felinos.
Reforma pra quem?
A reboque de todas essas anomalias, vemos uma reforma que se prolonga por quase dois anos e, agora, conversas de corredor dizem que não será para uso do pessoal da COHIDRO, e sim para outra secretaria que ali será instalada.
Coisa frustrante para os trabalhadores nativos da Companhia, pois enquanto tentam desempenhar as suas funções na base do “salve-se quem puder”, a edificação, que está sendo totalmente recuperada, ficará fechada, aguardando ordens de ocupação, não se sabe lá por quem. Triste realidade!
Fonte: Ascom Sindisan