Na abertura do Seminário de Organização do Coletivo Nacional dos Eletricitários, que ocorreu nesta quarta-feira (6), dirigentes sindicais de várias federações que compõem o CNE destacaram a importância da unidade da categoria eletricitária na luta contra a privatização da Eletrobras. O encontro, realizado em Curitiba (PR), vai até sexta-feira (8).
O presidente da Confederação Nacional dos Urbanitários (CNU), Paulo de Tarso, e o presidente da Federação do Centro-Oeste e Norte (Furcen), Alairton Gomes de Farias, destacaram que a luta da classe trabalhadora contra o processo de privatização precisa ser estruturada.
“Precisamos fazer alianças com vários movimentos sociais para que possamos atingir a sociedade, enfatizando a importância de mantermos a Eletrobras pública, pois estamos lindando com um setor extremamente estratégico”, disse Tarso.
Para Alairton, os trabalhadores e entidades sindicais também precisam estar bem articulados contra esse processo nefasto de entrega do patrimônio público. ‘”Somente assim podemos sair vitoriosos”, aponta.
O objetivo do encontro é melhorar e ampliar as estratégias de atuação nos movimentos populares, sindicais, na sociedade e no Congresso Nacional contra o processo de privatização da maior empresa de energia elétrica da América Latina, a Eletrobras.
Planejamento
O coordenador do CNE e vice-presidente da Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), Nailor Gato, destacou a importância do planejamento e o engajamento da categoria nesse processo de privatizações.
“Precisamos fazer frente aos ataques do atual governo, principalmente no que diz respeito à privatização do sistema Eletrobras e a preservação das relações de trabalho nas empresas, que hoje são privatizadas”, disse Nailor.
A dirigente sindical do Sinegia de Santa Catarina e coordenadora da Intersindical Sul, Cecy Marimon, elogiou o encontro uma vez que, segundo ela, está sendo feito dentro de um novo olhar.
Cecy lebrou o caso do ex-governador do Rio Grande do Sul, Ivo Sartori, que quis passar por cima da Lei Orgânica do estado, que prevê a realização de plebiscito para vender qualquer empresa pública estadual, como Companhia Riograndense de Mineração (CRM), Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica (CEEE-D) e Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás).
Brumadinho
Para o representante do Movimento Nacional dos Atingidos por Barragens (MAB), Raul Seixas, a chacina que aconteceu em Brumadinho está diretamente ligada à privatização da Vale. Segundo ele, em detrimento do lucro fácil e rápido, a empresa negligenciou as medidas de segurança, igualmente fez em Mariana.
Fonte: Henrique Teixeira- Ascom STIUDF