Albuquerque salientou que, durante viagem aos Estados Unidos realizada no mês de março, recebeu do secretário de Energia do país, Rick Perry, a confirmação do interesse de empresas norte-americanas em participar do modelo de negócio para viabilização do projeto, particularmente da Westinghouse. “Esse evento demonstra isso”, salientou o ministro. Além da fabricante americana, o congresso no Rio reúne investidores e representantes de outras companhias estrangeiras interessadas em se associar à Angra 3, entre as quais a russa Rosatom.
Também presente ao encontro, o presidente da Eletronuclear explicou que a empresa está, neste momento, envolvida na fase de pesquisa de mercado, na qual são avaliadas as potencialidades das diversas parcerias privadas candidatas a integrar o consórcio do empreendimento de 2.100 MW de capacidade instalada. Segundo ele, a ideia da empresa e da controladora, Eletrobras, é finalizar essa etapa do processo preparatório em junho deste ano. “Concluída essa fase, esperamos elaborar, no segundo semestre, o edital para seleção do parceiro privado”, disse.
O executivo descartou a possibilidade de que novas centrais nucleares venham a ser viabilizadas antes da terceira planta na costa fluminense. “De maneira alguma (há espaço para outra usina antes). Outros projetos só terão viabilidade se o problema de Angra 3 for equacionado”, frisou Guimarães. Ontem, ao participar de apresentar de apresentação no World Nuclear Spotlight Brazil, o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME, Reive Barros, apontou o estado de Pernambuco como potencial local para a instalação de uma nova usina nuclear no país.
“Esses estudos de localização de novas nucleares no país, levantando áreas potencialmente candidatas a receber uma usina, foram feitos em 2010, motivados pelo ‘Plano Nacional de Energia 2030’ lançado pelo governo em 2007. Esses estudos estão interrompidos desde àquela época. Estamos aguardando uma orientação para o futuro, com a atualização do Plano”, explicou Guimarães. Em finalização pela Empresa de Pesquisa Energética, o PNE 2050 será apresentado este ano, indicando quantas usinas terão de ser construídas nos próximos 30 anos.
Fonte: Oldon Machado, Canal Energia