Os trabalhadores e trabalhadoras da Caema reunidos em Assembleia Geral, realizada nesta sexta, 07 de junho, em São Luís e Regionais, deliberaram pela rejeição parcial da segunda contraproposta apresentada pela Caema.

Embora tenha recebido a Pauta da categoria há quase dois meses, até agora a Caema só apresentou duas contrapropostas, onde respondeu à apenas 32 cláusulas (20 na primeira contraproposta e 12, na segunda), ou seja não respondeu nem metade das cláusulas que já estão no Acordo vigente e ainda não tratou de nenhuma cláusula econômica, a não ser para falar em crise e na impossibilidade de atendê-las nas reuniões de negociação.

Na Assembleia de 31 de maio, a categoria aprovou parcialmente a primeira contraproposta, aceitando as 20 cláusulas respondidas, que só mantêm o que já temos no Acordo vigente, mas exigindo que a Caema respondesse às demais.

Na Assembleia desta Sexta, 07 de junho, os trabalhadores aprovaram as 8 cláusulas que mantêm o que já prevê o ACT vigente e rejeitaram as quatro cláusulas que propõe retrocessos, tentando retirar direitos conquistados em acordos anteriores .

O sentimento geral da categoria é de indignação contra tanto desrespeito que vem sendo demonstrado pela diretoria da Caema, especialmente pelo diretor administrativo-financeiro André dos Santos (pára-quedista importado de São Paulo), que tem emperrado a negociação e ainda quer impor retrocessos, propondo que os trabalhadores paguem a conta da crise de gestão da Caema, diante da (quase sempre) omissão do restante da diretoria da Companhia. O Sr. André não faz a menor cerimônia em demonstrar que quem manda é ele e que é porta-voz do Gov. Flávio Dino.

Uma pena que um Governo, que tem seus méritos e que tem sido importante opositor do Governo Bolsonaro na defesa dos interesses dos trabalhadores em nível nacional, não faça o dever de casa e queira impor aos trabalhadores locais a retirada de direitos conquistados com muito suor. Será que Flávio Dino – que tanto critica Bolsonaro – resolveu colocar um ‘‘Guedes’’ na diretoria da Caema?

A categoria espera, no mínimo, manter os direitos conquistados com reposição da inflação nas cláusulas econômicas, ou seja, não estamos falando em ganhos reais, nem mudanças com impacto financeiro. Queremos garantir o que temos hoje, é o mínimo que merecemos.

Se a diretoria da Caema pensa que mata a gente no cansaço, está enganada. Se querem ir até o Natal negociando, nós vamos, mas no caminho vão ter que lidar com a força e a disposição de luta dos trabalhadores urbanitários. Nós seguimos em frente. Na luta, até a vitória, por nenhum direito a menos!

STIU-MA ENCAMINHA NOVO TERMO DE PRORROGAÇÃO DO ACORDO COLETIVO

O Sindicato enviou ofício à Caema informando sobre as del iberações da Assembleia do dia 07 de junho, inclusive, com a solicitação de prorrogação do Acordo Coletivo de Trabalho por mais 60 dias, uma vez que as negociações não avançaram como esperado, por responsabilidade da própria empresa.

No ofício, o STIU-MA lembra que o ACT vigente já foi prorrogado por 60 dias (até 30 de junho) pela via da negociação e com a confirmação da Justiça do Trabalho, mas não há previsão de fim das negociações nas próximas semanas, uma vez que a Caema sequer respondeu metade das cláusulas da Pauta dos Trabalhadores.

Na Assembleia do dia 14/06, daremos informe sobre a resposta da Caema e deliberaremos sobre os próximos passos da Campanha.