Lamentável! CAE fecha os olhos para gritantes impropriedades e desvios éticos, e se apresenta como censor e bedel da categoria, além de defensor de membros “indefesos”.
O Conselho de Administração da Eletrobras – CAE, em mensagem divulgada no Fique por Dentro de 24/01/2018 (veja aqui), acusa as entidades sindicais de terem agredido um de seus membros, registrando que vem “manifestar o seu repúdio a qualquer manifestação que se valha de expedientes escusos e covardes como agressões verbais, físicas e assédios”.
O Coletivo Nacional dos Eletricitários – CNE, em solidariedade as Entidades Sindicais da Base Rio, a respeito da mensagem do colegiado do Conselho de Administração da Eletrobras vem a público manifestar o seguinte:
- Que é dever das Representações Sindicais defender com determinação todos os trabalhadores e trabalhadoras e, por conseguinte, a Eletrobras, sem omissão ou comportamento dúbio na luta contra a destruição das suas empresas decorrente do processo privatização;
- Que discussões ocorridas em plenárias ou assembleias dizem respeito aos trabalhadores e trabalhadoras, não cabendo qualquer tipo de cerceamento por parte da direção ou membros do Conselho. Eventuais contratempos porventura ocorridos no calor das discussões devem ser resolvidos entre os associados e/ou categorias, sem a necessidade de intervenções inoportunas;
- Que esperou-se a manifestação do Conselho de Administração – CAE, quando o senhor Wilson Pinto Junior, em atitude antiética, chamou injustamente, os trabalhadores e trabalhadoras da Eletrobras de “vagabundos, safados e inúteis”, entretanto o CAE ficou mudo e não se dignou a pedir desculpas pela impropriedade cometida por um de seus membros;
- Que para se obter justiça e correção do comportamento antiético citado foi necessário recorrer à Comissão de Ética Pública da Presidência da República, o que resultou na primeira advertência ética formal na história da Eletrobras a um membro do CAE, o também presidente da Empresa Wilson Pinto Junior;
- Que, infelizmente, na Eletrobras de hoje, a palavra ÉTICA vem sendo utilizada e exigida de maneira seletiva com foco apenas nos trabalhadores e trabalhadoras;
- Por último, que o CAE, em linha com os princípios no Código de Ética e de Conduta e a vigilância quanto aos negócios da Empresa, se digne a determinar a apuração dos prejuízos causados à Eletrobras nas contratações de consultorias sem licitação na gestão de Wilson Pinto Junior, que decidiu abrir mão da competição entre proponentes.