Era de se esperar algo mais agradável para a categoria, mas a Neoenergia insiste em manter os números ainda distantes do que os trabalhadores merecem. Na rodada realizada no Rio de Janeiro, os dirigentes sindicais fizeram um esforço gigantesco para conseguir arrancar pequenos avanços. A reunião seguiu por horas, terminando por volta das 22h e foi marcada pelos embates acirrados entre das duas bancadas. Os dirigentes da Intersindical foram enfáticos em abordar a lucratividade das empresas para justificar a apresentação de uma proposta melhor em mesa. Já os representantes da Holding, alegavam limites impostos para manter os seus números. Na prática, a postura da Neoenergia é de cansar os trabalhadores para tentar impor o seu desejo.
Se por um lado a Neoenergia fala em limites, a Intersindical, através de seus dirigentes desmascaram os representantes com dados. “No 1º semestre de 2019, a receita operacional líquida do grupo Neoenergia atingiu R$ 13,5bilhões. Este valor é 15,7% maior que a do mesmo período de 2018, quando já havia alcançado R$ 11,7 bilhões”, destaca o coordenador da Intersindical José Fernandes.
Pressionada pelos dirigentes sindicais, que rechaçaram a primeira proposta colocada em mesa na reunião, a Neoenergia teve que recuar e avançar um pouco nos números, que seguem ainda distante do que deseja e merecem os trabalhadores.