O Dia Mundial da Água – 22 de março – ganha, no Brasil, uma dimensão de luta ainda maior em tempos de pandemia do Covid-19. Para a FNU, os sindicatos, os trabalhadores, os movimentos sociais e demais entidades da sociedade civil organizada, devem alertar a sociedade que a água é fundamental, sem o seu acesso universalizado ficará impossível conter qualquer tipo de surto no país. Por isso, é importante a defesa intransigente de sua essencialidade como bem público.
Mesmo sem poder fazer as mobilizações de rua às entidades sindicais e a sociedade civil devem tomar as redes sociais, para denunciar junto à população o projeto entreguista do governo Bolsonaro de privatizar as empresas de saneamento e, por consequência, a água no país.
A estratégia de luta por hora muda, mas seu caráter estratégico não. O momento é de concentrar todos os esforços para continuar fazendo a mobilização junto aos parlamentares, prefeitos, senadores, deputados, vereadores e a opinião pública.
É preciso mostrar que o Brasil não pode se colocar na contramão dos países mais desenvolvidos, que estão reestatizando as empresas de saneamento, após o fracasso total da privatização realizada por governos neoliberais.
O que significaria a privatização da água no país?
- A água será tratada como mercadoria tal como qualquer outro produto, não como um direito de todo o povo.
- Se você já paga caro sua conta de água, isso irá piorar porque as empresas privadas estão interessadas em ter lucro e, para isso, têm que aumentar a conta.
- Hoje funciona assim: As tarifas arrecadadas nas cidades mais ricas ajudam a garantir os serviços de água e esgoto para as cidades mais pobres. Com a privatização as cidades ricas, que mais arrecadam com a conta de água, vão ficar com as empresas privadas e as cidades pobres ficarão com as prefeituras ou com o Estado, que não terão condições de garantir água e esgoto para seus moradores.
- Vai acontecer com a conta de água o que aconteceu com a conta de luz. Depois da privatização a conta ficou muito cara e o lucro das empresas privadas é mandado para os países onde essas empresas têm sua sede. Isso se chama transferência de riquezas.
- Vamos voltar a conviver, de forma mais intensa, com doenças que haviam sido erradicadas há muito tempo no nosso País.
O presidente da FNU, Pedro Blois, incentiva a todos para irem às redes sociais no Dia Mundial da Água – 22 de março – para conscientizar e informar sobre a importância do direito à água e que esse bem não pode ser privatizado como quer o projeto neoliberal do atual governo do país. Se não podemos ir às ruas, vamos às redes: #ÁguaNãoÉMercadoria #ÁguaÉDireito #PrivatizaçãoNÃO
Assista: