A Eletrobras registrou, em 2019, um lucro líquido de R$ 10,7 bilhões, fortemente impactado pelo aumento de suas receitas de geração e pela conclusão do processo de privatização das distribuidoras. O resultado, embora significativamente positivo, é inferior ao obtido em 2018, que foi influenciado, principalmente, por eventos positivos não recorrentes, com destaque para reversão de impairment e contrato oneroso da Eletronuclear de R$ 7,2 bilhões em 2018.
A Receita Operacional Líquida passou de R$ 25.772 milhões em 2018 para R$ 27.726 milhões em 2019, com destaque para a entrada em operação da UTE Mauá 3 da Amazonas GT e para o recebimento de GAG Melhoria relativa às concessões de geração prorrogadas pela Lei 12.783/2013. O Ebitda recorrente foi de R$ 13,2 bilhões, um aumento de 5% em relação a 2018. No 4º trimestre, o lucro líquido foi de R$ 3,1 bilhões, 77% inferior ao verificado no 4º trimestre de 2018 (4T18), também impactado por efeitos não recorrentes positivos ocorridos no 4T18.
Com o resultado apresentado, a companhia registrou, novamente, redução no indicador dívida líquida/Ebitda, que caiu de 2,1 vezes, em 2018, para 1,6 em 2019, reforçando o compromisso da Eletrobras com sua disciplina financeira.
A redução de 24% no quadro de pessoal (considerando adesões ao plano de demissão consensual) e a redução de terceirizados em Furnas representará uma economia anual estimada de mais de R$ 1 bilhão.
A Eletrobras encerrou 2019 com um caixa reforçado para fazer frente aos desafios futuros, apresentando um saldo consolidado de R$ 10,8 bilhões. A empresa aumentou seu capital social em R$ 7,7 bilhões, o que foi recentemente homologado por sua assembleia de acionistas, em fevereiro de 2020.
Como resultado de seu desempenho positivo, a administração propõe o pagamento de dividendos de R$ 2,5 bilhões relativos ao exercício de 2019.
A companhia também divulgou, nesta data, fatos relevantes sobre seu novo PDNG 2020-2024 e impactos estimados do Covid-19 em seus negócios.
Destaques operacionais
Em 2019, a companhia superou a marca de 50 mil MW de capacidade instalada, tendo encerrado o ano com 51.143 MW, o equivalente a 30,1% da geração do país. O destaque operacional do ano foi a inauguração da usina de Belo Monte, da qual as empresas Eletrobras detêm 49,98%.
Na transmissão, a Eletrobras concluiu o ano como responsável por 71.154 km do total das linhas de transmissão do país e por 45,2% das linhas de transmissão acima de 230 kV no Brasil.
Fonte: Site Eletrobras