Incluída no Programa Nacional de Desestatização (PND), a Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep) teve sua previsão de privatização adiada pelo governo, de janeiro de 2021 para o segundo trimestre do mesmo ano, devido aos efeitos da crise. Para o presidente da companhia, Carlos Henrique Seixas, a depender do modelo que for adotado pelo governo, o processo pode ser benéfico à empresa. Principal fornecedora de componentes para a indústria de energia nuclear do país, a Nuclep aguarda a definição pelo governo para a retomada das obras da usina nuclear de Angra 3 e de outros projetos do tipo no futuro. Enquanto isso, a empresa diversificou sua atuação e iniciou este mês a fabricação de torres para o segmento de transmissão de energia. Seixas explica que a entrada no setor de transmissão tem o objetivo de ampliar e garantir maior previsibilidade ao faturamento da estatal. A expectativa é que o faturamento cresça dos R$ 146 milhões previstos para este ano, para R$ 200 milhões em 2021 e R$ 300 milhões no ano seguinte, impulsionado principalmente pelo mercado de torres transmissão, que possui demanda reprimida, fruto das concessões contratadas nos leilões realizados pela Agência Nacional de energia Elétrica (Aneel) nos últimos anos. A empresa também está construindo uma máquina de mineração de 1.600 toneladas para a Thyssenkrupp, uma torre de processos para a Petrobras e um condensador para Angra 3.
Fonte: Valor Econômico