Na última reunião do ACT com a Light, tivemos alguns avanços nas propostas, mas ainda falta muito, em especial quanto ao item de reajuste salarial. Fizemos uma firme defesa sobre o conceito de corrosão salarial e da necessidade histórica de aplicação do índice de correção de forma isonômica nos salários de todos os profissionais da Light e rechaçamos a proposta da empresa que tenta mudar o formato tradicional por “abonos calculados de forma mágica” nos salários de apenas parte dos funcionários, dividindo a categoria. Isso irritou profundamente os interlocutores da empresa, em especial a SRH que tentou distorcer o conteúdo da nossa exposição, buscando levar a discussão, que sempre foi bem encaminhada, para um cenário de conflito.
Reafirmamos nossa posição em relação à importância da aplicação do índice nos salários base, sobretudo porque a proposta da empresa despreza a incidência do índice no 13º, Férias, FGTS, Braslight e outros, atingindo de forma negativa o nosso futuro e das nossas famílias.
Também destacamos que a Light, entre 2019 e março de 2020 recebeu da ANEEL autorização para reajuste tarifário da ordem acumulada de 18,18% na BT e 17,6% na MT. Além disso está previsto um repasse do Governo da ordem de 1BILHÃO à empresa para mitigar a perda de arrecadação e inadimplência por conta da pandemia. Apesar desse cenário as ações da Light já valorizaram mais de 40% na bolsa.
Ou seja, não cabe qualquer discurso de mudança no método de reajuste, ainda mais se tratando de um valor pequeno de INPC, com impacto quase imperceptível na Folha de Pagamentos.
A proposta da Light em substituir a correção isonômica dos salários por abonos até um salário máximo de R$7500,00, além de trazer diversos danos e prejuízos aos trabalhadores, exclui totalmente o SENGERJ e os Engenheiros do acordo.
Importante informar que o nosso compromisso com os Engenheiros e também com os demais trabalhadores da Light é intocável e buscaremos defender de forma intransigente os nossos valores, os nossos direitos e o bem estar das nossas famílias.
A empresa, assim como fez em 2016 com a tentativa de invasão da assembleia com ônibus lotados de pessoas sob pressão, tem tentado interferir de forma desleal e ilegal em nossas assembleias através de questionamentos indevidos quanto ao método virtual adotado durante a Pandemia e pressões exercidas por gestores junto aos funcionários para que aprovem uma pauta que é prejudicial a todos nós e isso não iremos permitir de forma alguma, e todos os cuidados e medidas estão sendo tomados.
Essas atitudes atingem frontalmente a autonomia e a liberdade sindical, interfere no direito de livre opção dos trabalhadores e se caracteriza em assédio moral.
Alertamos que as pessoas que por ventura estejam praticando essa ilegalidade, principalmente Engenheiros, estão transgredindo o Código de Ética do sistema CONFEA/CREA’s e são passíveis de processo Ético e criminal na justiça, o que queremos evitar, mas não hesitaremos em responsabilizá-las se houver persistência nessas ações descabidas.
No mais, solicitamos aos colegas fortalecerem as nossas posições de representação nessas negociações e estarem atentos aos informes do SINTERGIA e do SENGERJ e às convocações de Plenárias informativas e Assembleias, além de não se submeterem a qualquer forma de pressão indevida.
Estamos firmes em mais essa luta e haveremos de ser vitoriosos na conquista de um ACT digno, justo e para todos.
Todos temos a ganhar, Empresa e funcionários…
Abraços fraternos a todos, paz e saúde, e vamos em frente, com a razão e o direito na luta.
Fonte: Ascom Senge-RJ