Os presidentes da CUT, Força, CSB, UGT, CTB e NCST comandarão o ato que será realizado nesta quarta-feira (8), às 11h, em frente ao Ministério da Economia, em Brasília. Os dirigentes apresentarão documento elaborado pelo Fórum das Centrais Sindicais, com propostas para a preservação da vida, emprego e renda, e uma agenda de retomada da economia.
O documento foi entregue oficialmente ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em 21 de junho, durante videoconferência entre o parlamentar e os presidentes das seis centrais. Confira aqui a íntegra do documento.
Não haverá aglomeração. O ato é simbólico com a participação de 10 dirigentes de cada central. Todos os protocolos sanitários e medidas de proteção individuais serão respeitados para evitar o contágio e a propagação da Covid-19. A CUT e as demais centrais defendem o isolamento social e as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) como essenciais ao enfrentamento da pandemia do novo coronavírus.
Pela primeira vez nesta pandemia, o presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, participará presencialmente de um ato. Diz que só o fará porque o momento exige o simbolismo das presenças dos dirigentes, em Brasília, em protesto bem embaixo da janela do gabinete do ministro da Economia, Paulo Guedes.
“Além de reivindicar, temos propostas”, disse o presidente da CUT. Entre essas propostas está a prorrogação do auxílio emergencial no valor de R$ 600,00 até 31 dezembro de 2020, como uma etapa de construção de um programa permanente de renda básica.
“O Brasil precisa mudar de rumo, ter um novo modelo econômico. O caminho para o crescimento econômico é olhar à carência do povo”, disse Sérgio Nobre. E explicou: “Se tem algo que a pandemia de Covid-19 mostrou é que temos de fazer investimento em amplos programas, como o habitacional, porque uma das dificuldades para manter a política de isolamento é exatamente a precariedade das condições de moradia do nosso povo”.
O presidente nacional da CUT destacou também que “os trabalhadores nos serviços essenciais, que estão na linha de frente nessa pandemia, são obrigados a se aglomerar em transportes coletivos ineficientes e insuficientes, correndo o risco de se contaminar e contaminar sua família”.
Por isso, afirma Sérgio Nobre, precisamos fazer investimentos na mobilidade urbana, privilegiando ferrovias, metrôs e ônibus de qualidade. “As propostas da CUT e das demais centrais também apontam à urgência de investir em um grande programa de infraestrutura, para ampliar estradas, levar saneamento à população”.
Segundo o presidente nacional da CUT, o país é carente de todos essas estruturas “Se a gente olhar para dentro do nosso país tem muito a ser feito para conseguir atender necessidades básicas da população e essas obras e serviços vão gerar milhões de empregos”, afirmou Sérgio Nobre.
“Mas, para isso, temos que mudar o rumo, não podemos mais continuar nesse caminho do Paulo Guedes e Bolsonaro, porque desse governo a gente não espera nada”, disse o presidente da CUT. Para Sérgio, só a mobilização e pressão da classe trabalhadora farão o país mudar e retomar o rumo da democracia, do crescimento econômico, com justiça social”.
“Só a luta faz essa construção”, concluiu Sérgio Nobre
Avatar militante
A militância das centrais será convidada a participar do ato em Brasília, de forma virtual, por meio do manif.app, ferramenta criada por sindicalistas da França e utilizada para manifestações durante a pandemia.
Pelo aplicativo, os militantes e as militantes criam um avatar, que carrega um cartaz e aparece no local do protesto, no caso, em frente ao Ministério da Economia. Para participar basta clicar aqui e ver passo a passo.
Fonte: Vanilda Oliveira, site da CUT