Julho começou com demissão de pelo menos 12 trabalhadores/as
Desumanidade, crueldade e perversidade, essas são as motivações utilizadas pela Celpa Equatorial para demitir pais e mães de família em plena pandemia. A empresa tem um lucro extraordinário, tem facilidades do governo federal como linhas de crédito e expande cada vez mais o seu mercado. Não tem motivos para jogar trabalhadores e trabalhadoras no desemprego.
Todos perdendo parentes e amigos, vendo a morte de perto. A instabilidade emocional toma conta das pessoas, aflorando o sentimento que nos torna humanos, a solidariedade. Mas a diretoria da Celpa Equatorial segue na contramão da humanidade para se fechar somente na obstinação pelo lucro. Em nome dessa bandeira, terceiriza, demite e segue tentando passar a imagem de integridade e de responsabilidade social.
Até o final da manhã desta segunda-feira, 13, obtivemos a informação de que a Celpa Equatorial havia demitido pelo menos 12 pessoas, entre trabalhadores e trabalhadoras de Belém, Santarém e Tucuruí. São demissões arbitrárias e sem qualquer motivo, a não ser a maldade de jogar aqueles que até a semana passada a própria empresa chamava de “colaborador”.
A demissão ocorrida em Tucuruí é absurdo! Ele foi demitido porque denunciou a situação de carros sucateados e falta de equipamentos de segurança, motivos inclusive que levaram ao acidente fatal vitimando um trabalhador da Dínamo, prestadora de serviço da Celpa Equatorial. Ao invés da empresa resolver as questões, melhorar o serviço e evitar mais acidentes, opta por banir a pessoa que aponta o problema. Essa é a forma de gestão dessa empresa.
Uma gestão cheia de equívocos e contradições. Recebemos informações de que o gerente de relacionamento com o cliente, Haroldo Nobre da Cunha, realizou reuniões ao vivo pela internet com trabalhadores. Nessas lives, regadas a bebidas alcoólicas e tira-gostos, esse gerente elogiava a empresa afirmando que a Celpa Equatorial era muito responsável e comprometida com os trabalhadores, pois apesar da pandemia, continuava a pagar salários e tíquetes, como se cumprir esses direitos fosse uma benevolência da empresa. E sabemos que não é. Tíquete-alimentação, bem como outros direitos e benefícios, foram conquistados pelo Sindicato e trabalhadores com muita união e luta.
E agora, veja só, muitos que participaram das reuniões com o Haroldo, agora são chamados para receber suas dispensas. Avalie bem e veja quem realmente tem interesse em defender você.
O Sindicato dos Urbanitários do Pará é contra demissões injustas e arbitrárias, sobretudo em tempo de pandemia! O Grupo Equatorial queria uma carta branca dos sindicatos para reduzir os salários em até 70% e suspender os contratos dos seus trabalhadores, trazendo mais dificuldades para as nossas famílias e agora voltaram a demitir! A carta branca foi negada pelos sindicatos!
Lamentavelmente, o Grupo Equatorial, que ganha dinheiro também na PANDEMIA, continua demitindo. A Celpa Equatorial não tem necessidade de jogar pais e mães de família na rua. Só no primeiro trimestre deste ano, o lucro da Equatorial cresceu 106,8% em relação ao primeiro trimestre de 2019. O lucro saltou de R$ 213 milhões para R$ 440 milhões. Vamos formalizar uma denúncia contra essas demissões provando que não existe necessidade de reduzir o quadro de trabalhadores próprios da Celpa.