A energia elétrica ainda não foi completamente reestabelecida no estado do Amapá. Depois de sobreviver a um apagão que começou no dia 3 de novembro, a população segue sem informações sobre a volta à normalidade. E também sem saber de quem é a culpa da situação de emergência que o estado viveu.
Entretanto, Cecy Maria Martins Marimon, diretora do Sinergia – Sindicato dos Eletricitários de Florianópolis e Região, coordenadora da Intersindical dos Eletricitários do Sul do Brasil e membro do Coletivo Nacional dos Eletricitários, traz à luz algumas informações.
Dentre elas, a de que apesar da companhia energética que abastece o estado ser estatal – a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), o problema que afetou todo o estado ocorreu em uma subestação privatizada, cuja a dona e responsável é a empresa espanhola Isolux Corsán.
Entretanto, Cecy Maria Martins Marimon, diretora do Sinergia – Sindicato dos Eletricitários de Florianópolis e Região, coordenadora da Intersindical dos Eletricitários do Sul do Brasil e membro do Coletivo Nacional dos Eletricitários, traz à luz algumas informações.
Dentre elas, a de que apesar da companhia energética que abastece o estado ser estatal – a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), o problema que afetou todo o estado ocorreu em uma subestação privatizada, cuja a dona e responsável é a empresa espanhola Isolux Corsán.
A eletricitária ainda afirma que a empresa ganhadora do leilão no Amapá – a Isolux – tem problemas de execução de obras em outros países, dentre eles, o Quênia. No país africano, a Isolux seria responsável pela construção de uma grande rede de transmissão de energia. Entretanto, a obra não foi acabada e segundo o Coletivo Nacional dos Eletricitários, a empresa abandonou o projeto.
As razões do apagão no Amapá
Durante uma tempestade, comum no estado para o mês de novembro, a subestação sob responsabilidade da Isolux sofreu um incêndio. Isso ocorreu por conta da queda de um raio em um transformador. De acordo com Marimon, o evento é chamado no setor de acidente metereológico.
Contudo, a subestação possuía três transformadores. A eletricitária afirma que os outros dois transformadores – que poderiam salvar a situação e a continuidade do serviço – estavam inoperantes.
Dessa forma, é possível concluir que a empresa privada até possuía sistemas de redundância. Porém, não fazia a manutenção correta deles e acabou deixando mais de 750 mil pessoas sem energia elétrica, ocasionando uma tragédia em meio à pandemia de coronavírus.
Estatais estão resolvendo o problema
Funcionários da Eletronorte, parte da estatal Eletrobras, estão desde o início do apagão no estado trabalhando para reestabelecer o serviço – mesmo que seja para solucionar um problema de uma empresa privada.
Marimon também assinala que a única usina que está funcionando no estado – e assegurando energia elétrica para hospitais – é a usina hidrelétrica Coaracy Nunes, do sistema Eletronorte.
“Privatizou, encareceu, escureceu”, é o lema dos eletricitários utilizado na luta contra a privatização. E nesse sentido, o apagão no estado do Amapá foi pedagógico para o Brasil e trágico para a população.