Fundada em 1965 para levar água e vida para a sociedade gaúcha vê nesses últimos anos que as gestões estão levando a Companhia à “bancarrota”, pelas desastrosas gestões que estão passando por nossos quadros. Gestões essas com a saga de desmanchar o bom serviço prestado pela Companhia aos municípios do RS. Lamentavelmente hoje a gestão do atual presidente e do Governador quer entregar a Corsan para a iniciativa privada, ou seja, estão deixando a qualidade dos serviços de lado para atender o mercado.
E Como se faz isso? É muito simples, basta não atender direito aos usuários que são a peça fundamental desse quebra cabeça. A Companhia está desde 2012 sem concursos públicos para nenhum dos cargos de operação e manutenção. Mesmo com pessoas saindo por aposentadoria ou ainda por buscarem alternativas melhores estamos ficando sem quadro para executar as tarefas. A inovação de agora é um concurso público fake com validade de seis meses para contratação emergencial antes que o sistema entre em colapso por falta de gente para operar. A ideia de entrega é tão grande que o planejamento é apenas de seis meses. Isso é triste para o povo gaúcho.
E quem sofre com esse descaso, são os próprios funcionários que ficam e tem que se redobrar pra cumprir as tarefas, mas principalmente a sociedade, que vê os serviços diminuírem. Ainda faz parte da receita do bolo da privatização não adquirir materiais, peças de reposição de qualidade, logo, conserta-se a rede e ela volta a apresentar problemas, causando prejuízos para a Companhia.
Temos uma situação trágica para enfrentar, ou a sociedade e os políticos se posicionam na defesa da Companhia que serve a mais de 300 municípios ou entregaremos para a iniciativa privada toda gestão da água e do saneamento, o agente operador já está na Corsan, cabe a FAMURS também se posicionar, todos sofrerão, mas quem sofrerá as maiores consequências serão os municípios menores. Triste realidade que estamos passando.
Arilson Wünsch presidente do SINDIÁGUA/RS