Os trabalhadores da Companhia Energética de Brasília (CEB), movimentos populares e parlamentares realizam ato contra a privatização da concessionária de energia, na quarta-feira (25/11), às 10h, em frente à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). A iniciativa tem como objetivo pressionar o GDF e destravar o diálogo entre o governador Ibaneis Rocha e o Sindicato dos Urbanitários no DF (STIU-DF).
O Sindicato alerta que a privatização da CEB, prevista para 4 de dezembro, causará efeito devastador no sistema elétrico da capital federal e aumentos abusivos na conta de energia dos brasilienses. A exemplo do Amapá, que, há mais de 20 dias, sofre com o apagão que atingiu 90% da população, outros estados também arcam com as consequências da precariedade no fornecimento de energia elétrica devido à privatização.
O GDF quer entregar ao mercado 100% das ações da concessionária para captar cerca de R$ 2,2 bilhões, o que não justifica a privatização da holding, que faturou, em 2019, mais de R$ 4 bilhões. A privatização da CEB trará impactos negativos para a população do DF. Além do aumento na tarifa da conta de luz, existe maior risco de apagões por falta de manutenção nas atividades de fornecimento de energia, a terceirização da mão-de-obra e a precarização dos serviços.
A privatização da CEB impactará, ainda, a população mais vulnerável do DF – que poderá ficar sem acesso à energia elétrica -, a produção das empresas e a geração de emprego e renda. A CEB recebeu em fevereiro deste ano o prêmio Iasc – Índice ANEEL de Satisfação do Consumidor, por ser a melhor concessionária de energia do Centro-Oeste.
Fonte: Ascom STIUDF