De acordo com a vice-presidente institucional da CNU – Confederação Nacional dos Urbanitários –Fabíola Latino Antezana, a demissão também poderá causar problemas para a empresa em manter três operadores por turno em algumas subestações, como requerer a regra legal. O estado mais crítico é do Maranhão, onde 58 funcionários foram demitidos.
A Eletronorte, empresa do grupo estatal Eletrobras, enviou nesta semana a notificação de demissão de cerca de 200 funcionários da companhia. Apesar de a Eletrobras ter firmado um acordo intermediado pelo Tribunal Superior do Trabalho, em 2019, que já previa as demissões, o anúncio pegou de surpresa os funcionários da Eletronorte que não esperavam o desligamento em meio à pandemia.
A pressão pela concretização das demissões está vindo do governo, segundo algumas fontes próximas à Eletrobras, que quer botar na rua o plano de privatização da estatal. O grupo Eletrobras é formado pela Eletornorte, Eletrosul, Furnas, Chesf e distribuidoras de energia. O principal negócio da Eletronorte está no setor de transmissão onde opera hoje 10 mil quilômetros de linhas de transmissão e 53 subestações distribuídos em nove estados, especialmente no norte do País.
Os urbanitários apontam que parte dos demitidos é de funcionários especializados nos serviços de manutenção e que ajudaram a consertar o sistema do Amapá, estado que sofreu um apagão em novembro e que ficou sem luz por quase 15 dias seguidos.
Muitos destes trabalhadores tinham sido deslocados para avaliar e fazer ações preventivas para evitar apagões no Acre, estado que também está com fragilidades em seu sistema elétrico.
De acordo com a vice-presidente institucional da CNU – Confederação Nacional dos Urbanitários – e dirigente do Stiu-DF, Fabíola Latino Antezana, a demissão também poderá causar problemas para a empresa em manter três operadores por turno em algumas subestações, como requerer a regra legal. O estado mais crítico é do Maranhão, onde 58 funcionários foram demitidos.
Em janeiro do ano passado, a empresa demitiu 45 pessoas, mas uma ação na Justiça impediu que as demissões se concretizassem. De acordo com Antezana, boa parte destes funcionários foi indispensável no trabalho de recuperação do sistema do Amapá. Agora, os dados do sindicato mostram que 33 daqueles funcionários demitidos em 2020 estão novamente sendo notificados. Além deles, outros 192 funcionários entraram na lista.
com informações: Veja