Para o secretário, a privatização da elétrica é ‘fácil, mas é difícil’. Ele explica que é fácil, por já ser uma companhia de capital aberto e difícil em decorrência do componente político do processo. Segundo ele, caso o próximo presidente da Câmara esteja comprometido com o país, já designaria o relator e o presidente da comissão do PL.
“Vamos trabalhar para ressuscitar o projeto no dia 2 de fevereiro”, avisa. Em caso de êxito na escolha do novo ocupante da casa, Mac Cord acredita que até o fim do ano o processo pode ser realizado. Os principais candidatos até agora para o cargo na Câmara são Arthur Lira (PP- AL) , apoiado pelo governo e Baleia Rossi (MDB-SP), apoiado pelo grupo de Rodrigo Maia e por partidos de oposição.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, já havia criticado Maia em outras ocasiões pelo não andamento do programa de privatizações. Maia refutou a acusação colocando o PL sob suspeição. “Está negociando modelagem para beneficiar acionista, incluindo uma usina que a concessão vence agora… É por isso que não andou na Câmara, não foi porque eu tinha acordo com a esquerda. Querem incluir uma usina na privatização e isso vai beneficiar os acionistas atuais da Eletrobras. Quero ver o ministro dizer que é mentira o que estou falando, a equipe dele fala isso”, revelou o parlamentar Fórum Empresarial Lide, em dezembro.
Mac Cord lembrou ainda no webinário que na primeira onda de privatizações, na década de 90, o setor elétrico teve destaque, com a privatização das distribuidoras estaduais. A privatização da CEB, no fim do ano passado, também foi citada por ele, com um processo conduzido pelo BNDES que não necessitou de participação ativa do governo federal.