Apesar de toda a luta e resistência dos eletricitários da CEB, o GDF assinou hoje, 02/03/2021, o contrato de compra e venda da distribuidora com a empresa Neoenergia, que arrematou a empresa no questionado leilão do dia 04/12/2020.
Várias ações continuam em trâmite nas diferentes esferas e instâncias judiciárias, e não seria um absurdo se todo o processo fosse anulado, já que faltou o básico: a aprovação de lei pela Câmara Legislativa do DF autorizando essa vergonhosa desestatização.
Mas é preciso registrar esse momento, que será sempre de triste memória para os trabalhadores e os brasilienses, seja devido às mortes causadas pela pandemia de COVID-19, seja também pela irresponsabilidade de um governador que mentiu à população ao prometer publicamente em campanha que não privatizaria nenhuma empresa estatal e, de forma criminosa, se desfez de uma das melhores concessionárias de energia elétrica do país.
Além de Ibaneis, o lamentável ato de hoje, realizado no Buriti, também contou com a presença sempre cínica de Édson Garcia, incapaz de esconder a sua satisfação doentia com a venda da empresa que tanto atacou e desqualificou junto à mídia. Vai responder por isso!
A assinatura do contrato de compra e venda ocorreu estrategicamente antes da divulgação do resultado de 2020 da CEB Distribuição, que certamente foi um dos melhores da sua história! É visível a manobra de esconder da população esse lucro espetacular da concessionária pública, inescrupulosamente acusada, a todo tempo, de ineficiente e deficitária pelo próprio GDF.
O STIU-DF e a categoria continuarão na luta pela anulação desse processo ilegal de privatização, esperando que a justiça e o interesse público prevaleçam. O STF ainda analisa a ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) protocolada pelo PCdoB no dia 24/02 e há recursos tramitando em diversas cortes judiciais, inclusive no TRT, referente à cassação da liminar da juíza da 12ª Vara do Trabalho.
A hora não é de baixar a cabeça. Os trabalhadores e trabalhadoras da CEB lutaram, resistiram e continuarão resistindo! E não existe tarefa mais prioritária que a defesa dos empregos e dos direitos do ACT, isso independentemente da natureza jurídica do controlador da empresa.
A luta continua, sempre!
Fonte: Ascom Urbanitários-DF