O SINDÁGUA enviou ofício à direção da Copasa comunicando que os trabalhadores rejeitaram, por sua maioria, em assembleias realizadas em todo o Estado, a proposta da empresa para alteração da forma de pagamento da participação nos lucros (PL) referente ao exercício de 2020.
A categoria agora aguarda o posicionamento da Copasa, com a expectativa de que seja retomado o diálogo para solucionar as pendências que emperram as negociações desde 2019. Além da PL, destacamos pendências em pontos cruciais para os trabalhadores, devido à intransigência da direção da empresa, como a PL linear, a garantia de emprego e a manutenção dos direitos consolidados nos acordos coletivos anteriores.
Destacamos ainda o descontentamento e a indignação dos trabalhadores, demonstrados durante as assembleias, com a radicalização da direção da Copasa nas negociações, ao não apresentar nenhum aceno sobre o dissídio pendente de 2019, não honrar o pagamento da participação nos lucros do mesmo ano, mesmo que a manutenção da PL linear tenha sido confirmada por sentenças em duas instâncias judiciais, e também por não resolver o Acordo Coletivo 2020/2021.
A categoria considera essa postura dos prepostos do governo Zema um desrespeito ao grande empenho de todos para que a empresa apresente excelentes resultados operacionais e financeiros, inclusive com a distribuição de dividendos extraordinários aos acionistas, enquanto os trabalhadores amargam quase três anos de perdas devido à falta de reposição salarial.
Os trabalhadores denunciam que a empresa está interessada em alterar a forma de distribuição nos lucros e acabar com a PL linear para beneficiar cargos de confiança e de diretoria, retirando 25% do montante que atualmente é pago a todos os trabalhadores para distribuir aos gestores, de forma proporcional. Denunciam também que a direção zemista da Copasa quer acabar com a garantia de emprego e outras cláusulas de acordos anteriores, além de manter salários e benefícios represados, para facilitar a privatização da empresa.
Fonte: Ascom Sindágua-MG