A Câmara Municipal de Salvador(BA) realiza, na quinta-feira (22/4), às 15 horas, a audiência pública “Diga Não à privatização da Eletrobras e da Chesf”.
A audiência foi solicitada pela vereadoras Marta Rodrigues (PT) diante da urgência em se opor ao desmonte promovido pelo governo federal e a pressão feita para acelerar a entrega de parecer favorável da MP da capitalização da estatal no Senado, previsto ainda para as próximas semanas.
O debate ocorrerá de forma virtual e será transmitido ao vivo pela TV Câmara e pelas redes sociais (facebook.com/tveradiocam) e também pelo Facebook da FNU/CNU: @fnucut.
Paulo de Tarso – presidente da Confederação Nacional dos Urbanitários (CNU), o presidente da Federação Regional dos Urbanitários do Nordeste (Frune), Raimundo Lucena; os membros das Coordenação Estadual do MAB-Juazeiro, Luiz Carvalho; o coordenador do Sinergia-Ba, Rafael Oliveira, a presidenta da CUT-BA, Maria Madalena Firmo (Leninha) e o presidente do SENGE-Pernambuco, Mozart Bandeira.
O objetivo da audiência é denunciar os déficits sociais graves em regiões com maior índice de pobreza que o desmonte da estatal e da Chesf causarão, principalmente na região Nordeste, onde a Chesf é responsável em controlar a vazão das águas do Rio São Francisco, de extrema importância para a economia da região, para a pesca, para o acesso a água limpa e sobrevivência de milhares de pessoas.
Segundo a vereadora e líder da oposição na Câmara de Salvador, Marta Rodrigues, a privatização da Eletrobras impacta diretamente a população do Nordeste, uma vez que a MP que pretende vender as ações do governo federal, cujo relator levanta a questão de vendas das subsidiárias separadamente e integralmente, entre elas a Chesf, uma das 14 subisidiárias da estatal, com enorme trajetória e avanços na região para o povo baiano.
Importante ressaltar que Chesf é um dos principais ativos do Brasil e uma das maiores estatais da América Latina, contribuído para o desenvolvimento nacional e que nas mãos da iniciativa privada perderá sua função social. “A tentativa de acelerar essa MP condiz com o período nefasto que estamos vivendo da pandemia. Aproveitam uma tragédia de dimensões gigantescas para continuar, fora dos holofotes, desmontando o estado democrático de direito, conquistas do povo, dos trabalhadores e trabalhadoras”, declarou a solicitante da sessão.