O Ebitda alcançou R$ 1,97 bilhão nos três primeiros meses deste ano, 15,9% superior ao registrado no primeiro trimestre do ano passado. O crescimento foi puxado, principalmente, pela melhor incidência de ventos no Nordeste, que levou à expansão de 68,4% na produção das usinas eólicas. O aumento nas atividades de comercialização e serviços, a atualização do ativo financeiro da concessão das distribuidoras e o reajuste de contratos e tarifas também contribuíram para o resultado.
A receita operacional bruta cresceu 14,8% de janeiro a março para R$ 12,484 bilhões quando comparado com mesmos meses de 2020. Já a receita líquida da CPFL subiu 13,8% para R$ 8,288 bilhões no mesmo período. A dívida líquida da empresa ficou estável em R$ 15,1 bilhões, com uma relação dívida líquida/ebtida de 2,03 vezes.
A carga na área de concessão da empresa cresceu 2,6% para 18.479 GWh. As vendas subiram 2,5% no trimestre para 17.882 Gwh, sendo que a queda de 2,3% no mercado cativo, foi compensada pela alta de 12,9% dos clientes livres. A venda de energia para a indústria teve alta de 7,7% nos três primeiros meses do ano, na comparação anual, marcando a retomada da economia. No segmento residencial, o crescimento foi de 4,6%, ainda favorecido pela mudança de hábitos gerada pela pandemia, que fez com que as pessoas passassem mais tempo dentro de casa.
No primeiro trimestre, a CPFL Energia investiu R$ 695 milhões, 36% a mais que no mesmo período de 2020. A maior parte deste valor, R$ 597 milhões, foi direcionada à distribuição, em obras de expansão, melhorias e modernização do sistema elétrico. As áreas de geração e transmissão receberam R$ 44 milhões e R$ 38 milhões. O setor de Comercialização & Serviços da CPFL recebeu R$ 16 milhões para investir em TI, veículos, equipamentos e ferramentas.
O plano de investimento soma R$ 15,22 bilhões até 2025 – a previsão anterior era empregar cerca de R$ 13,5 bilhões. Em 2021, a empresa prevê investir R$ 3,4 bilhões, dos quais R$ 2,5 bilhões serão destinados à área de distribuição.