Os diretores do Sinergia-MS percorreram as unidades da Energisa-MS da capital e do interior para um bate-papo com os trabalhadores e trabalhadoras durante os meses de abril e maio. O objetivo foi apresentar a proposta da empresa para alteração do banco de horas e pagamento das horas extras.
Durante as visitas, os eletricitários também apresentaram suas dúvidas e reivindicações sobre estes e outros assuntos de interesse da categoria. Todos os encontros foram realizados conforme os protocolos de biossegurança em razão da pandemia do coronavírus.
Apenas neste mês de maio, teve bate-papo do sindicato com os eletricitários da Energisa-MS que atuam em Bela Vista, Bodoquena, Nioaque, Bonito, Caracol, Porto Murtinho, Jardim, Paranaíba, Aparecida do Taboado, Cassilândia, Inocência, Ribas do Rio Pardo, Nova Andradina, Fátima do Sul, Glória de Dourados, Ivinhema e Bataguassu.
A discussão sobre as alterações no banco de horas e pagamento de horas extras, apresentadas pela concessionária de energia, está prevista em acordo mediado pelo Tribunal Regional do Trabalho 24ª Região (TRT), em fevereiro deste ano.
“Tivemos um balanço bastante positivo porque conseguimos conversar com a categoria, avaliar essa proposta da empresa e também ouvir as reivindicações, registrar situações que estão ocorrendo em diversas localidades do interior do Estado”, avalia o presidente do Sinergia-MS, Elvio Vargas.
Além do presidente do sindicato, os diretores Francisco Ferreira, Alicéia Araújo, João Mendes, Carlos Alberto da Silva, Antonio Carlos Camuci, Roberto Schneidewind e Edivilson Silva Canto também participaram dos encontros com a categoria.
O Sinergia-MS finalizou as visitas às cidades do interior do Estado e irá realizar a última rodada de debates com os trabalhadores na próxima segunda-feira, dia 17 de maio, no Centro Operacional da Energisa, em Campo Grande.
Compensação
Uma das questões debatidas foi a cláusula do acordo coletivo que prevê que “a definição quanto ao dia da compensação será objeto de acordo entre a gerência da área e o empregado, 48 horas antes do início da referida compensação”.
“Pedimos para os trabalhadores criarem uma cultura quanto ao cumprimento desta cláusula, porque às vezes isso não acontece, o trabalhador é pego de surpresa pela empresa, falando que ele tem que compensar. Isso não pode acontecer, tem que ser respeitado o prazo de 48 horas antes”, afirma Elvio Vargas.
Transparência
Também houve uma demanda da categoria em relação à falta de transparência da concessionária de energia sobre as horas extras, quantidade de horas compensadas e quantidade de horas pagas.
“A empresa não tem uma ferramenta que consegue mostrar isso para o trabalhador, para que ele tenha um controle das horas extras disponíveis, o que ele já compensou e o que ele recebeu. Vamos marcar uma reunião para levar todas essas demandas para a empresa”, explica o presidente do sindicato.
Durante os encontros também foram debatidos outros assuntos como PLR, migração da previdência, ACT e outros temas de interesse dos eletricitários.