Depois das várias assembleias realizadas pelo Sinergia CUT para debater aprovar e encaminhar a pauta de reinvindicações da Campanha Salarial 2021, a Energisa finalmente marcou a primeira rodada de negociação com os sindicatos.
A reunião inicial aconteceu só em 9 de setembro, após 42 dias da entrega da pauta e a empresa informou que não garante a data base até os términos das negociações. E, logo no início da abertura de negociação, os negociadores da Energisa pediram esclarecimentos de alguns pontos da pauta de reivindicações da categoria.
Primeira rodada
Mas, depois de todos os esclarecimentos feitos pela bancada dos trabalhadores, a empresa não perdeu tempo. “Foi quando já soltou o seu baú de maldades, atropelando a pauta construída pela categoria e colocando só o que era de interesse patronal”, informam os sindicalistas.
Após a frustração em mesa as entidades sindicais ponderaram que a vigência do atual Acordo Coletivo é de 2020 a 2022, e que agora, teoricamente, só seriam negociadas as cláusulas econômicas.
Ainda assim, como existe o pleito da categoria em melhorar algumas cláusulas, que não estão sendo cumpridas, ou não são satisfatórias diante das necessidades dos trabalhadores, os sindicatos solicitaram a negociação de todas as reivindicações da pauta aprovada nas assembleias.
Propostas da empresa
Mas a Energisa não quis entender e insistiu em apresentar suas propostas. Acompanhe:
√ Banco de horas – Empresa apresentou uma nova proposta, que começaria com um modelo de transição que, em um primeiro momento, para os cargos de leiturista, eletricista e técnico, 30% das horas extras seriam pagas e os outros 70% iriam para banco. Depois essa proporção poderia evoluir para 20% pagas e 80% para banco. O Sindicato ponderou que, a princípio, não concorda com a proposta por representar uma perda para o trabalhador.
√ Seguro de vida – Adequar data de reajuste do seguro à data de aniversário do contrato do Grupo com a operadora (fevereiro).
√ Gestor de Projeto – Incluir o cargo de gestor de projetos no rol de cargos estratégicos, dispensados de controle de jornada.
√ Assinatura Eletrônica – Possibilidade de assinatura eletrônica para documentação pertinente.
√ Bolsa de Estudos – Padronizar o percentual de 50% de custeio de bolsa de estudos, limitando a participação da empresa em até R$ 500,00.
√ Sobreaviso – Inserir possibilidade de realização de sobreaviso superior a 24 horas semanais.
Posição do Sinergia CUT
A bancada dos sindicatos repudiou imediatamente a posição da empresa e reforçou as dificuldades que os trabalhadores da Energisa estão passando. Ao final dessa primeira rodada, todas as propostas da empresa foram rejeitadas. “Além disso, ratificamos que queremos discutir a pauta dos trabalhadores e que esperávamos outra postura na segunda rodada de negociação”, explica o Sindicato.
Mais prejuízo: empresa propõe reajuste parcelado e sem retroativo
Mas não foi isso que aconteceu na segunda rodada de negociação entre o Sinergia CUT e a Energisa, realizada na manhã de quinta-feira (16) da semana passada.
“Pensamos que a empresa faria uma mesa de negociação de verdade, conforme entendimento da primeira reunião, mas, para nossa decepção, a Energisa voltou a insistir somente nos pontos colocados por ela, desprezando a pauta dos trabalhadores”, destaca a bancada dos sindicatos.
Ao invés disso, durante a reunião, a única proposta nova que a empresa apresentou foi a reposição da inflação nos salários, também insatisfatória, com reposição parcelada que não atende às reivindicações da categoria e prejudica o poder de compra dos trabalhadores.
A proposta econômica da Energisa
A proposta da empresa é de 100% de reajuste pelo INPC, mas aplicados de forma parcelada, sendo 50% pagos em outubro e os outros 50% só em dezembro, de forma não retroativa e não acumulativa.
As entidades sindicais recusaram a proposta na mesa e argumentaram que a reposição inflacionária é “um dinheiro que o trabalhador já perdeu e que o mesmo não deve ser em hipótese nenhuma objeto de negociação”.
Sem acordo, uma nova rodada de negociação ficou agendada para a próxima quinta-feira (23/09), às 9h. Antes disso, os sindicatos realizam assembleias com a categoria para debater e decidir o que fazer para pressionar avanços na Campanha Salarial.
Vem com a gente e participe!
SINERGIA CUT FAZ NOVAS ASSEMBLEIAS
Para debater os próximos passos da Campanha Salarial, o Sinergia CUT realiza assembleias nesta semana em várias cidades. Todas acontecem na terça (21) e na quarta (22).
Fonte: Ascom Sinergia-Campinas
