Uma direção irresponsável com os direitos sociais, comprometida com a ganância dos interesses privados

A direção da Copasa mostra sua firme disposição em dificultar e enrolar ao máximo a solução para os acordos coletivos e pagamentos de PL, pendentes desde 2019. Não acatou e desrespeitou todas as decisões judiciais ganhas em sua totalidade pelos trabalhadores. A intenção clara da direção zemista é cortar direitos, prejudicar salários, demitir em massa, sobrar dinheiro para distribuir aos acionistas e sucatear a empresa, para tentar privatizá-la a preço de bananas.

A direção forasteira na Copasa, ligada aos interesses de empresas privadas que disputam o compromisso social do saneamento como um “filé” para se enriquecerem, segue a orientação de Romeu Zema, do partido “nOVO”, de dilapidar o patrimônio público dos mineiros, usando até os direitos e parte dos salários dos trabalhadores para distribuir lucro aos acionistas, a começar pelo próprio governo, que só em 2020 pegou mais de R$ 500 milhões dos mais de R$ 1 bilhões distribuídos pela Copasa para os investidores.

Continuamos sem a menor iniciativa desta direção controlada pelo governador para superar os conflitos trabalhistas que ela mesma criou no meio de uma negociação, quando ingressou com processo de dissídio, sem esgotar as negociações do acordo coletivo ainda em 2019.

O caos está instalado na empresa, achacando cargos técnicos, acusando-os de incompetentes, como argumento que justificaria a contratação de gente externa, se isto fosse possível e autorizado pela Constituição Federal e do próprio Estado. Mas rasgam as duas constituições e fazem contratações sem concurso público na marra, dando uma banana para a Assembleia Legislativa de Minas Gerais, para o Ministério Público, para o Tribunal de Contas. É o autoritarismo desrespeitando o direito e as leis!

COBRANÇAS À EMPRESA E MOBILIZAÇÃO URGENTE

Depois de rejeitada a contraproposta recente da empresa, identificada como um verdadeiro campo minado sobre os direitos, os trabalhadores continuam aguardando o compromisso assumido pela direção da Copasa de novo diálogo para superar o impasse.

A empresa, no entanto, prefere enrolar os trabalhadores e aplicar medidas que deterioram as condições de trabalho e prejudicam o melhor atendimento na prestação de serviço à população.

O SINDÁGUA cobrou da Copasa uma posição, através de ofício, que busque imediata solução para os acordos e PL represados, que aumentam o passivo da empresa com os trabalhadores.

Reiteramos no ofício os pontos que devem ser corrigidos na contraproposta patronal, para que possa ser submetida à apreciação dos trabalhadores em assembleia: Garantia de emprego, conforme está hoje no acordo vigente; pagamento retroativo dos acordos pendentes; pagamento da PL Linear de 2019 a 2022 e abono de R$ 600,00 para a PL de 2019; manutenção das cláusulas dos acordos coletivos anteriores e os acordos extraordinários vigentes.

Diante da gravidade da omissão da empresa em fazer uma gestão que nos permita trabalhar amparados pelos direitos, o SINDÁGUA intensificará a mobilização da categoria, para buscarmos os canais alternativos, demonstrando esta empresa como instrumento de um governador que pretende apenas viabilizar seus negócios escusos, às custas dos compromissos sociais que o Estado deveria cumprir com a sociedade mineira.

Fonte: Ascom Sindágua-MG