Nesta quinta-feira (27/1), os trabalhadores da Eletrosul nos estados de Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul iniciaram greve se juntando ao movimento de paralisação nacional. A greve dos eletricitários começou no dia 17/1, com a paralisação de Furnas, cresceu com a paralisação de outras unidades como Cepel, Eletronorte e Eletronuclear, na última segunda-feira (24/1) e até ainda esta semana, trabalhadores outras subsidiárias – Companhia de geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE) e Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) – já decidiram em assembleia também paralisarem suas atividades.
Os trabalhadores protestam contra a intenção da estatal de aumentar de 10% para 40% o valor das alíquotas do plano de saúde, descontadas de seus contracheques. O aumento, que começa a vigorar já a partir de fevereiro deste ano, é parte do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), imposto à categoria.
O presidente da CNU, Paulo de Tarso, destaca que a greve também ocorre em razão do governo federal dar sua cartada final para tentar a privatização da Eletrobras ainda este ano. Mesmo com o processo em análise no Tribunal de Contas da União (TCU), onde a documentação das outorgas traz irregularidades e inconsistências nos números apresentados, a intenção do governo é publicar o edital de privatização no primeiro semestre de 2022. ASSISTA: https://www.fnucut.org.br/videos/greve-dos-trabalhadores-do-sistema-eletrobras-apoio-incondicional/
Na manhã desta quinta (27/1) foi realizada Plenária Nacional de Greve com a participação de mais de 750 trabalhadores do Sistema Eletrobras. A atividade teve como objetivo debater a greve por tempo indeterminado e tratar da privatização da Eletrobras e suas subsidiárias.
Saiba mais, em: https://www.urbanitariosdf.org.br/?p=23703
DENÚNCIAS
Não haverá pressão, nem tentativa de silenciamento: A greve é legal e continua!
Em boletim (27/1), o Aeel – Associação dos Empregados da Eletrobras – denuncia, uma vez mais, a articulação da direção da Eletrobras que, em conluio e com a leniência dos membros dos conselheiros, atropelam o TCU para realização de uma AGE absolutamente irregular para, a toque de caixa, promover a privatização da Eletrobras.
Leia:
Informe_032_22_ConselhoAdm_censura_Representante_Trabs
Furnas é inflexível e divulga plano de saúde absurdo, que cancela CPF de trabalhadores!
O boletim Intersindicais Furnas também denuncia que “a direção de Furnas segue intransigente assediando a força de trabalho para furar a greve, com ações truculentas de intimidação e tentativas vazias de decretação de greve ilegal e interditos proibitórios. Tudo sinal de desespero, pois temos um dissídio de greve sendo discutido no Tribunal Superior do Trabalho.”
Leia:
Boletim Intersindicais – O absurdo perdeu a modéstia
Canal de Denúncias
Está aberto um canal de denúncias para os trabalhadores do setor elétrico em greve, caso sejam vítimas de constrangimentos, assédio moral ou qualquer tipo de pressão para inviabilizar a adesão à greve. Para acessar o canal, basta clicar no link https://salveaenergia.com.br/escuta-digital/.
A FNU e CNU estão apoiando o movimento dos(as) trabalhadores(as) e seus sindicatos que lideram a mobilização, assim como repudiam qualquer perseguição da empresa a um movimento legítimo.
A greve é um justo instrumento de pressão coletiva e é inadmissível que a direção da empresa e suas gerências, de forma autoritária e coercitiva, ameace os(as) trabalhadores(as) que aderem a luta em defesa de seus direitos.
A hora é de seguirmos unidos, solidários e no apoio ao movimento grevista.
Resistência na luta, até a vitória!
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