No Acre, os funcionários se posicionaram contra e decisão e afirmam que a mudança deve prejudicar, principalmente consumidores de baixa renda e de programas sociais na zona rural como o Luz Para Todos que geram, segundo o Sindicato dos Urbanitários do Acre, mais gastos que lucro.
No estado do Acre temos ao menos 200 mil consumidores e 70% desse total é residencial, elas pagam as contas direitinho, mas só mantém o serviço funcionando. Numa privatização, a empresa não vai ter o lucro alto que deseja com um público como esse. Isso vai prejudicar os trabalhadores, mas em especial os consumidores de baixa renda e da zona rural”, destaca.
O presidente do Stiu-AC, Marcelo Jucá, afirma que os advogados que representam os servidores devem acionar a empresa judicialmente e alega irregularidades na assembleia realizada pelos acionistas em 8/2, em Brasília.
“Eles não deixaram um acionista entrar na sala, temos imagens. Ele ia votar favorável a nós, era contrário à privatização. Vamos partir para a questão jurídica. Os advogados a nível nacional vão pedir a ilegalidade da assembleia e adiar ela por completo para ganharmos mais tempo para os servidores”, afirma.
Ele afirma que os sindicatos de todas as distribuidoras devem se reunir em Brasília, agora, após o Carnaval, para definir novas estratégias e mobilização e possível paralisação dos trabalhadores.
Em fevereiro, segundo Jucá, eles devem lançar, no Congresso Nacional, da Frente Parlamentar e Defesa das Distribuidoras Federais para que elas permaneçam públicas.
“Queremos que elas continuem públicas, mas óbvio que oferecendo um serviço de qualidade. Durante os protestos mostramos o risco da privatização dessa empresa, especialmente no Acre. Aqui no Acre, na maioria dos municípios, a despesa é maior que a receita na instituição de energia. São municípios pequenos e não se consegue o lucro que as empresas querem”, destaca. (com informações: G1)