O Sindaema conquistou nesta quarta-feira, dia 09, uma importante vitória na Justiça para os trabalhadores e trabalhadoras da Cesan. Todos os empregados do setor administrativo ocupantes do grupo de risco, conforme classificação da OMS, bem como aqueles empregados que residam com qualquer pessoa do grupo de risco à covid-19, vão poder aderir ao trabalho remoto enquanto a grave situação da pandemia perdurar.
Com essa decisão, as trabalhadoras e trabalhadores que compõem esse grupo têm, liminarmente, a segurança de poder cuidar melhor da sua saúde e dos seus entes queridos e a garantia de condições para continuar exercendo suas atividades laborais sem colocar a prestação dos serviços à sociedade em risco.
O sindicato está avaliando junto ao setor jurídico medidas que podem ser adotadas para garantir mais saúde e segurança aos trabalhadores do setor operacional, que são altamente especializados.
“Se um trabalhador desse adoece e a Cesan não tem mão de obra para repor, a empresa estará colocando em risco a própria prestação de serviços, que é o fornecimento de água de qualidade à sociedade”, ressalta o diretor de Saúde e Segurança no Trabalho, Yves Sisconeto.
Para a direção do Sindaema, o fato de estarmos atravessando um dos momentos mais delicados da história da humanidade demonstra a necessidade de decisões como essa. “Não podemos naturalizar essa situação e nem permitir que a dureza e a gravidade do momento transformem as nossas perdas em números. Para o sindicato cada vida importa”, avalia o presidente, Fábio Giori.
A diretora financeira do sindicato, Wanusa dos Santos, destaca a importância dessa conquista para a categoria e para a empresa. “Estamos acostumados a levar vida para a casa das pessoas. Mas só podemos fazer isso se estivermos saudáveis. Essa é uma vitória da vida, não podemos medir esforços e nem economizar em medidas preventivas para garantir a saúde desses profissionais essenciais a toda a sociedade, principalmente nesse momento de pandemia”.
A decisão ainda cabe recurso, mas, tendo em vista o sentido de humanidade, a ausência de custo para a Cesan cumprir essa decisão, além da tranquilidade e da segurança que essa modalidade traz para a própria empresa, o Sindaema espera que a companhia não apresente recurso.
Afinal, ir contra uma decisão humanitária é mais prejudicial à própria imagem do que cumpri-la!
Fonte: Ascom Sindaema-ES