Empresa volta a demitir sem nenhuma justificativa. Clima de terror volta a tomar conta da empresa

É sempre assim: quando se aproxima datas comemorativas, a Coelba sempre resolve fazer o seu comercial. Antes do Natal e do ano novo, demitiu trabalhadores em Juazeiro e em Salvador. Agora que se aproxima o Carnaval, a empresa colocou o bloco na rua e, sem nenhuma justificativa, iniciou um festival de demissões em todo estado.

Será que o festival de demissões é a carta de apresentação dos novos acionistas holding, faz parte da nova política dos acionistas majoritários ou, pior, é uma decisão estapafúrdia da rainha da Coelba? Difícil saber! O que sabemos é que não há clareza nos critérios de demissão. Claro apenas o nível de perversidade. Houve trabalhador com mais de 30 anos de serviços prestados, com comportamento exemplar, sem nenhuma queixa em toda vida profissional, e preste a ter estabilidade pre aposentadoria, que foi demitido sem nenhuma piedade. Maldade pura!

 

Imediatamente, após tomar conhecimento da situação, a direção do Sinergia solicitou uma reunião com a direção da empresa para que fossem esclarecidos os motivos dos desligamentos. Na última terça (06), o sindicato foi recebido pela Superintendente de Gestão de Pessoas, Christiane Tavares, que tentou justificar as demissões. Segundo ela, alguns coelbanos já estavam em período de aposentadoria. Os demais casos foram enquadrados como “baixa produtividade”. A direção do Sinergia repudiou a postura da empresa, já que a Coelba não deixou claro, mais uma vez, quais seriam os critérios que foram utilizados para enquadrar estes trabalhadores como “pouco produtivos”.

A caixa preta da coelba segue sem ser desvendada. Na reunião, apesar da solicitação do sindicato em que fossem fornecidos os nomes e as localidades dos demitidos, a empresa se negou. Isso comprova que as demissões não são transparentes e tem o objetivo de camuflar pulverização desta prática em todo o estado

 

Contra senso – A despeito da Coelba ter demito dezenas de trabalhadores sob este argumento, consideramos salutar refletir novamente sobre a manutenção de diversos ex executivos no quadro de funcionários da empresa, embora não produzam absolutamente nada. Em alguns casos, temos informações de que estes, apesar dos vencimentos pomposos, divertem-se com passatempos diversos na web. Por outro lado, dentro deste pacote perverso há trabalhadores que atuavam em regime de confinamento, onde o isolamento, aliado às condições adversas, inclusive de risco iminente de morte, podem perfeitamente alterar o nível de stress deste trabalhador.  Ou seja, no mínimo, não houve bom senso da Coelba em avaliar o conjunto das situações.

 

Acuados, representantes da Coelba informaram que todos os postos de trabalho serão preenchidos com novos trabalhadores, não se tratando, portanto, segundo a empresa, de uma reestruturação. O sindicato vai apurar os fatos que resultaram nas demissões e adotar as medidas cabíveis. “Colocaremos nosso setor jurídico para acompanhar cada caso e acionaremos os órgãos responsáveis, caso sejam comprovados excessos nessas demissões”, garante José Paixão, diretor jurídico do sindicato, que vai denunciar, também, o pacote do terror aos acionistas do Grupo) e pedir explicações sobre o fato, no mínimo estranho, de a empresa dezenas de trabalhadores sem nenhum motivo justificado.

Além dessas ações, o sindicato pretende realizar um conjunto de ações articuladas para repudiar esta atitude da Coelba. A ideia é realizar várias investidas que, além de denunciar o lado perverso da empresa, exiba para toda sociedade como se comporta a Coelba/Neoenergia/Iberdrola com os seus trabalhadores.