Sindicatos rejeitam proposta da Equatorial Celpa que insiste em desconto de horas
Os Sindicatos (Urbanitários e Engenheiros) rejeitaram a proposta feita pela Equatorial Celpa que insiste em desconto salarial do que ela aponta como ‘horas negativas geradas no período da pandemia da Covid-19’. Na manhã da terça-feira, 28, o Sindicato formalizou, via ofício, a proposta do Sindicato para a prorrogação do aditivo de banco de horas da pandemia, veja nossa proposta no quadro ao lado.
Sindicatos e empresa tiveram duas reuniões (17 e 23 de junho). Na primeira conversa, a proposta da empresa foi de pagamento de 10% das horas positivas. Já no dia 23, a Equatorial Celpa mudou para pagamento de 30% dessas horas. Na proposta do Sindicato, a empresa deve pagar 70% do saldo das horas em julho de 2022.
Na primeira proposta da empresa, o saldo positivo de horas seria pago em seis parcelas a partir de janeiro. Na mais recente reunião, a proposta mudou para pagamento do saldo positivo em uma parcela na folha de janeiro de 2023.
Na nova proposta da empresa, os prazos de compensação também foram alterados. Inicialmente, a compensação de horas negativas terminaria em 31/12/2022. Agora, a empresa propõe para junho de 2023 e mantém a compensação de horas positivas para até 31/12/2022.
Descontos financeiros
Na proposta da empresa, após encerrado o prazo de compensação do banco de horas (horas negativas) em junho/2023, restando horas negativas, seria realizado o desconto financeiro nos salários em até 6 meses, a contar de julho de 2023.
Entendemos que pelo acordo coletivo vigente, a empresa não pode fazer desconto financeiro por conta de horas negativas. Nossa proposta é clara, passado o período de compensação de horas negativas, o banco tem que ser zerado.
Falta transparência
Solicitamos, durante a negociação, a relação de trabalhadores/as com horas positivas e negativas, mas, até agora, a empresa não nos forneceu. Temos recebido denúncias de que há erros na computação de horas, sobretudo nas horas negativas.
Proposta prejudicial
Por isso não há como aceitar a proposta da empresa. Somos totalmente contrários a descontos salariais relativos a banco de horas. Os salários já estão achatados devido à inflação galopante. Os trabalhadores/as não podem ser sacrificados mais uma vez devido à pandemia, já bastam as perdas na Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) geradas por questões alheias à vontade da categoria!
A empresa tenta colocar a proposta de desconto de banco de horas como sendo uma proposta final, porém como se trata de uma proposta ruim para os trabalhadores/as, não vamos aceitar. Vamos em frente, a luta continua!
Fonte: Ascom Stiupa