Os trabalhadores e trabalhadoras da Cosanpa, em greve desde o dia 5/7, liderados pelo Sindicato dos Urbanitários do Pará, interditaram a avenida Dr Freitas em frente a um dos portões de acesso à Casa Civil do Governo do Estado, na manhã da quarta-feira, 17 de agosto, mostrando na rua a indignação contra a negativa do governo Helder em negociar a data-base, que ocorre anualmente em maio.
A pressão da interdição da via pública, que durou até o meio da tarde, fez o governo do Estado chamar o Sindicato dos Urbanitários do Pará e reabrir a discussão sobre as reivindicações dos trabalhadores, que foca na reposição salarial de 12,47% (INPC/IBGE) do período de maio de 2021 a abril de 2022.
CASA CIVIL
À tarde, o Sindicato, atendendo chamado, reuniu com a Ouvidoria do Estado. À noite, ainda na quarta-feira, 17/8, a entidade sindical foi chamada para reunião na Casa Civil, com a participação da Procuradoria Geral do Estado (PGE) e membros da Cosanpa.
Foi esclarecido que a data-base da categoria ocorre em maio e que não existe acordo para negociar em novembro. Esclarecida essa questão de ordem, que tornou a reunião tensa, os dirigentes sindicais colocaram na mesa a necessidade da reposição salarial relativa ao INPC, calculado pelo IBGE do período de maio de 2021 a abril de 2022, valor que importa em 12,47%.
Os interlocutores do governo do Estado ficaram de conversar entre eles e dar uma resposta aos grevistas nos próximos dias.
A GREVE CONTINUA
A greve segue firme e forte com cada vez mais adesões na capital e demais municípios do interior. A greve começou no dia 5 de julho e nesta sexta-feira, 19/8, completa 46 dias.
Nesta segunda-feira, dia 22 de agosto, os grevistas devem intensificar a mobilização e a concentração para avaliar o movimento e decidir o futuro da greve. Neste sentido, o Sindicato pede que você leve à mobilização um ou mais membros da sua família, para dar mais força à luta. Nossa greve é justa e necessária, pois nossos salários não podem perder mais ainda o poder de compra, sobretudo diante da conjuntura de crise econômica e política pelo qual passa o nosso país.

Fonte: Ascom Stiupa