Lamentavelmente, a direção da Cosanpa, ao invés de cumprir a decisão judicial que determina a reposição salarial de seus trabalhadores/as, prefere usar de recursos para tentar adiar o pagamento da reposição nos salários. Nessa prática intransigente, a empresa só acumula derrotas. No dia 2 de fevereiro, o TRT publicou mais uma decisão favorável aos trabalhadores. Na tentativa de mudar a decisão do TRT em relação à ação de dissídio de greve (2022), a direção da Cosanpa entrou com Recurso Ordinário junto ao TST. Paralelo a isso, a empresa entrou com uma medida junto ao TRT pedindo que fosse suspenso o cumprimento da decisão de primeira instância, para aguardar o julgamento do Recurso Ordinário que tramita na instância superior, no TST.
O desembargador do Trabalho, Marcus Augusto Losada Maia negou à Cosanpa o pedido de suspensão do cumprimento da sentença resultado do julgamento ocorrido em 21 de novembro. Noutras palavras, está valendo a decisão a seguir:
a) declarar a legalidade do movimento grevista, confirmando a tutela deferida;
b) determinar que a COSANPA não proceda descontos nos salários dos empregados que aderiram ao movimento grevista;
c) determinar o pagamento, pela COSANPA, dos valores retroativos de reajuste salarial de 7,59% e do vale alimentação de 5%, referente ao período acumulado 1/5/2020 a 30/4/2021; e d) propor a aprovação da seguinte sentença normativa: CLÁUSULA – REAJUSTE SALARIAL. A COSANPA reajustará o salário de todos os seus empregados efetivos, a partir de 1° de maio de 2022, em percentual correspondente a 12,45% (doze vírgula quarenta e cinco por cento), incidente sobre os salários vigentes em 30 de abril de 2022.
Foi mais uma vitória dos trabalhadores e trabalhadoras nessa batalha pela reposição salarial de 2021 e 2022, que, de forma vergonhosa, foi negada pela empresa e pelo Governo do Estado. E vamos continuar firmes na luta para fazer justiça em prol do que é direito e devido aos trabalhadores/as da Cosanpa, categoria que jamais se furtará ao combate, ainda mais assistindo a sangria que a terceirização causa aos cofres da empresa.
Nova direção
Ficam as perguntam, será que a nova direção da Cosanpa concorda com a escolha feita pela direção anterior, de preferir o litígio judicial ao diálogo e negociação com os trabalhadores/as?
Será que os novos dirigentes da Cosanpa darão continuidade a essa guerra insana com objetivo de prejudicar os trabalhadores/as?
Para conhecimento de todos e todas, a direção do Sindicato dos Urbanitários do Pará encaminhou ofício à Cosanpa solicitando reunião com o novo presidente da Cosanpa, José Fernando Gomes Junior. Nosso ofício pedindo a reunião foi protocolado no mesmo dia da posse, 6 de fevereiro.
Fonte: Ascom Stiupa