A manhã da quarta-feira, 22, foi de muito diálogo com a população. Puxada pelo SINDISAN, a IV Caminhada da Água uniu sindicatos, movimentos sociais e populares, parlamentares e trabalhadores e trabalhadoras da cidade e do campo em torno de duas pautas centrais: as defesas da água e do saneamento básico como direitos humanos inegociáveis e da Companhia de Saneamento de Sergipe (DESO) como empresa pública, contra a sua privatização.
A marcha teve início na sede da Companhia, onde foi realizado um ato público em defesa da estatal, e percorreu ruas dos bairros 13 de Julho e Grageru em direção ao Palácio de Despachos do Governo. Lá, os participantes somaram-se aos professores e professoras das redes públicas de ensino municipal de Aracaju e estadual que estavam em dia de paralisação e luta por direitos. A Caminhada também recebeu a adesão de indígenas da tribo Xocó, que vieram da Ilha de São Pedro, em Porto da Folha, para reforçar, com suas danças tribais e energia, a luta pela água e saneamento como bens públicos.
Durante o percurso, foram muitas as falas defendendo o direito humano de acesso à água e ao saneamento básico, bem como destacando a importância da DESO como empresa pública plenamente capaz de assegurar esse direito a toda população, independente do poder aquisitivo ou da localidade onde esteja situada, diferente da lógica da iniciativa privada que só opera onde puder obter lucro máximo.