Debatemos a força-tarefa que detectou trabalho análogo à escravidão no leste de Minas. Na oportunidade, contextualizamos e buscamos parceria com a Superintendência Regional do Trabalho para tratar as condições de trabalho precário de trabalhadores do quadro próprio e terceirizados da Cemig.
Na manhã da segunda-feira (3), o Sindieletro foi recebido pelo superintendente regional do Trabalho e Emprego em Minas Gerais, Carlos Calazans, para dialogar sobre o trabalho análogo à escravidão e as condições precárias de trabalho nas empresas do setor elétrico no Estado.
Debatemos sobre a força-tarefa do Ministério do Trabalho e Emprego, do Ministério Público e da Polícia Federal que flagrou trabalho semelhante à escravidão e autuou o consórcio Linha Verde, composto pelas empresas Nova Engevix Engenharia e Projetos S.A e Toyo Setal Empreendimentos Ltda, no leste de Minas.
O Consórcio realiza serviços de instalação de linhas de transmissão e mais de 100 de seus trabalhadores foram resgatados dos alojamentos improvisados, sem janelas, superlotados e sem ventilação e nenhuma condição de higiene, nas cidades de Conselheiro Pena e Governador Valadares. Havia locais com capacidade para seis trabalhadores dormirem, mas oito se amontoavam no alojamento. Um deles informou que estava doente, com 40 graus de febre e queria ir para casa.
O auditor fiscal do Trabalho, Marcelo Campos, informou que o consórcio foi notificado para encerrar os contratos de trabalho, pagar todas as verbas rescisórias e garantir o retorno dos trabalhadores às suas cidades de origem.
O Sindieletro está atento. Já estamos preparando um relato do resgate de trabalho análogo à escravidão no Leste para mais providências da Superintendência. Continuamos acompanhando as atividades do setor elétrico em Minas e, diante de quaisquer eventuais irregularidades nas condições e relações de trabalho, vamos levar o caso para Carlos Calazans tomar as medidas cabíveis.
Fonte: Sindieletro-MG