Na manhã da quarta-feira (05), o Sindiágua/RS esteve presente na audiência pública realizada na Comissão de Economia e Desenvolvimento Sustentável e do Turismo para debater sobre o estudo contratado pelo SINDIÁGUA/RS E SINTEC entregue ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), que trata sobre a valoração da Companhia Riograndense de saneamento. O estudo foi apresentado pelo economista e professor André Locateli e o Engenheiro da Corsan, José Homero Finamor, e se refere ao Capex da Companhia.
A avaliação econômico-financeira apresentada na audiência, aponta que o valor da Companhia Riograndense de Saneamento atinge a marca de R$ 7,26 bilhões. E que valor é 75% maior do que o lance único dado no leilão da CORSAN, ocorrido em dezembro de 2022, quando a Companhia foi arrematada por R$ 4,15 bilhões (irrisórios 1,15% acima do valor do lance mínimo fixado pelo Governo do Estado).
Durante a audiência, o economista ponderou que refez os cálculos dos estudos considerando a alteração sugerida pelo TCE em alguns indicadores, e que mesmo após as alterações, o valor da Companhia ficou em torno de R$ 6,5 bilhões reforçando que o valor é muito acima do que foi proposto pelo estado. Além disso, o conteúdo comprova capacidade da Corsan em universalizar o saneamento sem aporte privado, e tem o intuito de derrubar a teoria forçada da direção da Corsan e do Governo do Estado de que a meta prevista na lei 14,026 da universalização do saneamento só seria atingida com a privatização.
O Secretário-Geral do Sinidágua, Vinicius Giordani, acredita que essa audiência foi proposta com o objetivo de desconstruir os estudos contratados pelas entidades e o que se mostrou é que não existe nenhuma análise matemática que defina exatamente o valor. “O próprio deputado proponente da audiência mostrou em torno de 8 valuations diferentes, demonstrando claramente as imensas possibilidades de variações de preços, nós chegamos a um entendimento bem defendido pelo economista contratado e continuamos defendendo no TCE”, afirma.
O dirigente destaca ainda que os deputados por sua vez, deveriam defender aquela que representa a melhor opção para o interesse publico e não o interesse de quem compra. “Nós do Sinidiágua entendemos que o sindicato consegue mais uma vez demonstrar a insegurança e incerteza deste péssimo negócio para do Rio grande do Sul”, Conclui Vinicius.
A audiência pública foi realizada na Sala Alberto Pasqualini da Assembleia Legislativa e contou com a presença das diretoras Ângela Farias e Karina Mustafa, os diretores André Zarpelon e Giovani da Silva, além dos trabalhadores da categoria e delegados sindicais.
Fonte: Ascom Sindiágua-RS