O Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE), entidade colegiada que abrange 34 sindicatos, 1 confederação, federações e 4 associações representantes de trabalhadores, realizou nesta segunda (05/06) um grande em frente à seda da Eletrobras, na Rua da Quitanda (centro do Rio de Janeiro). A atividade contou com a presença de mais de 400 pessoas, representando entidades sindicais, movimentos populares, além da categoria e parlamentares.
Os presentes ocuparam a Rua da Quitanda desde muito cedo. Com faixas em mãos, pediram a “cabeça” de toda alta cúpula da Eletrobras, cobraram a destituição imediata do Conselho de Administração da empresa, denunciaram que a Privatização foi um roubo conduzido pela 3G Radar, acionista privada de Jorge Paulo Lemman que hoje manda na Eletrobras e recentemente quebrou a Light e as Lojas Americanas.
Os manifestantes pediram também investigação rígida do processo de venda da Eletrobras e das consultorias contratadas de forma irresponsável e sem transparência pela direção da companhia.
Nas falas, mais denúncias sobre ataques aos fundos de pensão, altos salários dos administradores, demissões de trabalhadores, perseguição, precarização das condições de trabalho e acidentes fatais nas áreas operacionais da Eletrobras pós-privatização.
As lideranças também declararam total apoio ao ingresso de Lula e da AGU no STF pela Ação Direta de Inconstitucionalidade 7385, que visa fazer valer o voto proporcional da União na Eletrobras com as ações que tem da empresa. A União detém 43% das ações, mas o poder de voto é restrito à 10%.
A deputada estadual Marina do MST (PT) destacou a importância de persistir militando para virar esse jogo. Já o deputado Chico Alencar do PSOL-RJ destacou a importância da retomada da Eletrobras e o dia do meio ambiente, já que a Privatização impõe 8Gw de termelétricas a gás no sistema.
O deputado Reimont (PT/RJ) reforçou a importância de se ter resistido tantos anos à privatização da Eletrobras e que é justamente isso que possibilita sonhar com o caminho de volta. Para Glauber Braga do PSOL-RJ, a ADI de Lula é o primeiro grande passo para a reestatização da Eletrobras, mas que a iniciativa não pode ser isolada. “É preciso pressão nas ruas e nas redes para a pauta continuar quente”.
Além de eletricitários, aposentados e dirigentes sindicais de todo o Brasil, estiveram presentes as centrais CUT e CTB, as Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, os petroleiros com a FUP e a FNP, os Moedeiros, os marítimos e diversos movimentos sociais como MST, MAB, Movimento do Povo, MPA, Plataforma Operária e Camponesa de Água e Energia.
Os organizadores do evento reforçaram que este grande ato marca uma série de atividades presenciais e que os eletricitários não vão parar. Há ainda muita luta em jogo e o jogo está definitivamente aberto.
Fonte: CNE