O 1º Encontro Estadual de Cipeiros da Cesan, realizado na quarta-feira, dia 28 de junho, trouxe para o debate as discussões envolvendo a Política Nacional de Saúde e Segurança do Trabalhador, na mesa de abertura, além da oficina Vida, Saúde e Trabalho, voltada para o desenvolvimento de mapas e ações de interesse da categoria e que priorizam iniciativas coletivas de Saúde e Segurança do Trabalhador.
Durante o evento, que aconteceu no Hotel Jardins, no bairro Jardim Limoeiro, na Serra, o público participou dos espaços e contribuiu com o debate, reforçando a importância do tema e a necessidade de criar ambientes de formação dos cipeiros.
Para a diretoria do Sindaema, Wanusa Santos, este evento é a oportunidade para fortalecer o trabalho das CIPAs, criadas em 1978, dando voz a esses trabalhadores. “E também estamos criando possibilidades de negociações diretas com a empresa. É o sindicato como protagonista na saúde e na segurança dos trabalhadores”, reforça.
Para a mesa principal do encontro, tanto Fábio Lúcio Barros, engenheiro ambiental e segurança do trabalho, diretor técnico da BHora Consultoria, e Liliane Graça Santana, Chefe do Núcleo Especial de Vigilância em Saúde do Trabalhador e Coordenadora do Centro de Referências em Saúde do Trabalhador, este evento é fundamental para reconhecer a importância das CIPAs e dos cipeiros.
“Principalmente por integrar os Cipeiros da Cesan para debater sobre assuntos importantes, visando garantir a saúde do trabalhador e, dessa forma, fortalecer a CIPA para que esta possa contribuir com as melhorias das condições e dos ambientes de trabalho de toda Companhia”, aponta Barros.
Opinião compartilhada por Santana: “Este evento se torna de extrema importância ao apresentar a CIPA como um espaço necessário, a ser construído por várias mãos, e por entender que ela é o olhar e a voz do trabalhador”, defende.
Para ela, o encontro ofereceu uma oportunidade de conhecer mais sobre as políticas do SUS que são voltadas para o trabalhador, além de debater sobre os riscos em seus ambientes de trabalho. “O evento ainda tratou da importância de se notificar os casos, além de contribuir na discussão sobre as políticas de saúde que podem atender a todas as categorias”, reforça Santana.
Riscos
E esse reconhecimento da CIPA, segundo a diretora Wanusa Santos, ainda está diretamente conectada com a valorização do trabalhador em todo o processo. “O papel da CIPA é tão importante porque só apenas o trabalhador, na sua perspectiva, consegue perceber os riscos que ele está submetido na organização do trabalho, a exemplo dos casos de estresse, de falta de mão de obra, de sobrecarga de trabalho, assim como dos riscos sociais, incluindo o assédio moral, o sexual e as relações abusivas”, aponta.
E como bem lembra Santos, ainda há os riscos atrelados ao ambiente de trabalho, principalmente os físicos. “Em geral, causados por conta da má administração das empresas, a exemplo de estruturas mal conservadas ou de ambientes que não cumprem a segurança adequada, como é o caso de áreas em que há contato com substâncias contaminantes. E em todas essas situações, quem consegue perceber esses riscos é o trabalhador, porque é ele quem sente tudo isso”, conclui.
Fonte: Ascom Sindaema-ES