Artigo: Lucas Tonaco*
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Os fundos de pensão canadenses são alguns dos maiores do mundo, com ativos totais de mais de $ 2 trilhões. Esses fundos são responsáveis pelo fornecimento de benefícios de aposentadoria para milhões de trabalhadores canadenses. Sendo estes fundos, Canada Pension Plan Investment Board (CPPIB), Ontario Teachers’ Pension Plan (OTPP), Alberta Investment Management Corporation (AIMCo), British Columbia Investment Management Corporation (BCIMC) e o Caisse de dépôt et placement du Québec (CDPQ). O alvo deles têm sido: empresas de saneamento, de infraestrutura hídrica, empresas de tratamento de água, empresas de dessalinização de água e empresas de gestão de água, ao redor principalmente dos BRICs, além do México e Estados Unidos – justificando-se por: a projeção a longo prazo para o investimento em água é positiva. O mercado global de água está estimado em US$ 780 bilhões e deve crescer a uma taxa anual composta (CAGR) de 6,2% de 2022 a 2028. O crescimento do mercado de água é impulsionado por uma série de fatores, incluindo, aumento da população, crescimento econômico, mudanças climática e aumento da conscientização sobre a importância da água.
Nos últimos anos, os fundos de pensão canadenses têm se envolvido cada vez mais na financeirização da água. Isso significa que os fundos estão investindo em ativos relacionados à água, como empresas de saneamento, infraestrutura hídrica e direitos de água. A financeirização da água é um fenômeno global, mas os fundos de pensão canadenses estão desempenhando um papel de liderança nesse campo. Isso ocorre porque os fundos canadenses têm acesso a grandes quantidades de capital e estão procurando novas maneiras de diversificar seus investimentos. A financeirização da água tem sido criticada por uma série de razões. Uma das principais preocupações é que ela pode levar à privatização dos recursos hídricos. Isso significa que as empresas privadas, em vez do governo, teriam controle sobre a água.
Outra preocupação é que a financeirização da água pode levar ao aumento dos preços da água. Isso seria especialmente prejudicial para as pessoas pobres e vulneráveis, que já têm dificuldade em acessar água limpa e segura. Além disso, a financeirização da água pode levar à degradação ambiental. Isso ocorre porque as empresas privadas podem estar mais propensas a explorar os recursos hídricos do que o governo. O futuro da financeirização da água é incerto. É possível que a financeirização da água continue a crescer, levando a uma maior privatização dos recursos hídricos e aumento dos preços da água.
No entanto, também é possível que a financeirização da água seja regulamentada de forma mais rigorosa, a fim de proteger os interesses públicos. No final, o futuro da financeirização da água dependerá de uma série de fatores, incluindo a pressão pública, a regulamentação governamental e o desenvolvimento tecnológico. Em 2019, os fundos de pensão canadenses investiram US$ 50 bilhões em ativos relacionados à água. Espera-se que esse número aumente para US$ 100 bilhões até 2030. Os principais setores em que os fundos de pensão canadenses estão investindo são o saneamento, infraestrutura hídrica e direitos de água.A financeirização da água tem sido criticada por uma série de razões, incluindo: privatização dos recursos hídricos, aumento dos preços da água e degradação ambiental. O futuro da financeirização da água é incerto. É possível que a financeirização da água continue a crescer, levando a uma maior privatização dos recursos hídricos e aumento dos preços da água. No entanto, também é possível que a financeirização da água seja regulamentada de forma mais rigorosa, a fim de proteger os interesses públicos.
* Lucas Tonaco – secretário de Comunicação da FNU e dirigente do Sindágua-MG