O assessor de saneamento da FNU, Edson Aparecido da Silva, representou a Federação no IX Encuentro Nacional de Acuedutos Comunitarios, realizado no município de Popayán, Cauca – Colômbia, entre os dias 22 e 24 de setembro.
Edson participou da mesa “Horizontes da Gestão Pública e Comunitária de Água” e falou dos problemas, lutas e desafios sobre a questão do saneamento público no Brasil.
“O Governo do Presidente, Lula recém-eleito, enfrenta uma herança de um governo de extrema direita e um Congresso extremamente conservador que busca, todo o tempo, impedir que o novo governo implemente seus projetos de transformação. A composição do governo reflete a composição para a garantir a governabilidade, e nesse sentido alguns ministérios foram negociados com partidos de direita, inclusive os ministérios das cidades, responsável pelas políticas de habitação e saneamento”, explicou Edson.
O assessor da FNU frisou que diante desse cenário, o processo de privatização dos serviços e das empresas públicas avança, mas que “estamos todo o tempo lutando juntos, movimento popular e social, movimento sindical, mídia alternativa e parlamentares de esquerda. Há sem dúvida uma forte compreensão dos movimentos organizados brasileiros sobre a necessidade de se enfrentar a privatização e isto é muito positivo”.
Sobre os desafios, Edson ressaltou a necessidade de fazer com que o governo federal brasileiro fortaleça os serviços públicos de saneamento, sejam eles municipais ou estaduais e que mude as políticas de financiamento praticadas pelo governo anterior e retome os instrumentos de participação e controle social.
“Outro desafio é avançar na luta para garantia do acesso à água e ao saneamento como direito humano fundamental. Afinal, para nós, todas as pessoas, independentemente da capacidade pagamento e das condições de moradia devem ter acesso a água e saneamento”, enfatizou Edson.
Finalizando sua exposição, o assessor da FNU, afirmou que um dos maiores desafios é conseguir o envolvimento das comunidades locais das áreas rurais e das periferias, dos assentamos pobres, para compreenderem a importância de lutarem pela água e pelo saneamento público.