Reunião foi realizada em Recife e teve debates intensos, mas representantes patronais não apresentaram avanço.
Era para ser o momento da Neoenergia mostrar o seu reconhecimento pelo empenho diário dos trabalhadores do grupo. Mas, a verdade é que a última rodada não trouxe nenhuma novidade, frustando a expectativa da categoria. Foram dois dias de debates intensos entre as bancadas, análises de números e muitos ensaios de possibilidades para alcançar uma proposta de consenso. Apesar do esforço e da criatividade dos dirigentes sindicais, todas as situações propostas esbarravam na suposta limitação financeira da Neoenergia. Em resumo: não rolou “nadica de nada”.
Não bastasse a falta de avanços em mesa, a Neoenergia continua insistindo em manter na sua proposta discriminação entre os trabalhadores. A teimosia da Neoenergia revela seu lado mais perverso, tentando impor a proporcionalidade por tempo de serviço, exclusão de trabalhadores por área de atuação, congelamento do piso e outras tantas bobagens, que foram – novamente – rechaçadas pela bancada
sindical.
Sobre essa situação, é importante destacar que, nem nos momentos mais críticos, ao longo de mais de 20 anos com a Neoenergia algo desse tipo foi sugerido. Isso deixa os trabalhadores ainda mais indignados, já que ela tem a possibilidade de oferecer um acordo justo, sobretudo, pelo momento favorável que país atravessa em sua economia, com crescimento em todos os setores, inflação baixa e estabilidade no mercado.
AVALIAÇÃO DA INTERSINDICAL – Na avaliação dos dirigentes, essa rodada representa um verdadeiro descaso e falta de consideração com os trabalhadores. As empresas seguem crescendo e com ganhos cada vez mais expressivos. A Neoenergia amplia extraordinariamente sua participação no mercado, ao mesmo tempo os acionistas têm lucros crescentes. Ou seja, tudo é favorável, mas nenhum desses fatores é capaz desensibilizar os representantes da Neoenergia.
“É cruel a forma que a Neoenergia trata os seus trabalhadores. Sabemos que nas empresas ocorrem demissões, assédio moral, cobranças e metas exageradas. Isso é lamentável. Para piorar, durante a campanha salarial a Neoenergia assume essa postura de descaso. Esgotamos nossa paciência e não há outro caminho a não ser o da mobilização intensa”, finalizou o coordenador José Fernandes, convidando os trabalhadores para a luta que teremos que enfrentar.
DIRIGENTES FORAM AO LIMITE NAS NEGOCIAÇÕES – A Intersindical tem buscado a construção de um acordo que reflita o empenho e a dedicação dos trabalhadores do grupo. Os entraves criados pela Neoenergia, apresentando propostas limitadas, apenas dificultam o processo negocial e mostram um desprezo injustificável pelos trabalhadores, que são os verdadeiros responsáveis pelos excelentes resultados alcançados pelas empresas e pelo grupo.
Durante todo processo negocial, os dirigentes foram ao limite na composição das propostas, tentando de todas as formas encontrar as alternativas para construir o acordo.
Sabemos que toda negociação é um processo de ganha-ganha, onde se evoluiu e se recua em busca de uma construção que beneficie ambos os lados.
Esperamos que nas próximas rodadas a Neoenergia dê atenção especial ao pleito dos trabalhadores e assegure evolução nas pautas.
O CAMINHO É A MOBILIZAÇÃO – Diante da situação de entrave nas negociações nas mesas específicas e na unificada, a Intersindical,
através dos sindicatos, vão realizar um grande ATO UNIFICADO, com data a ser definida e amplamente divulgada.
É hora de mostrar a nossa força e indignação com o descaso da Neoenergia nas negociações.
Segue abaixo o calendário das próximas reuniões entre o Intersindical e o Grupo Neoenergia:
Dias 16 e 17/11 reunião com a Neoenergia – Néos
Dias 29 e 30/11 reunião com a Neoenergia pauta unificada
Dias 13 e 14/11 – 20 e 21/11 reunião da pauta específica Coelba
Dias 16 e 17/11 27 e 28/11 reunião da pauta específica Cosern
Dias 20 e 21/11 e 27 e 28/11 reunião da pauta específica Neoenergia Pernambuco
Fonte: Ascom Sinergia-BA