Na tarde desta segunda-feira (6/11), dirigentes de entidades dos eletricitários, entre eles,  o presidente da FNU, Pedro Damásio, o presidente da FRUSE, Esteliano Neto, e o secretário-geral da CNU, Elvio Vargas, estiveram reunidos com o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, para tratar da aposentadoria especial dos eletricitários e sobre a renovação das concessões das distribuidoras de energia.

Os eletricitários que trabalham expostos aos riscos de choque elétrico perderem o direito à aposentadoria especial em 2019 e, agora, travam uma luta para ver aprovado o PLP 42/2023, com inclusão do retorno desse direito.

Pedro Damásio (FNU e Sintern); Ministro Luiz Marinho; Elvio Vargas (CNU e Sinergia-MS); e Cecy Marimon (Sinergia-SC )

Os urbanitários explicaram ao ministro que é inquestionável a necessidade de se preservar a integridade física e saúde dos eletricitários que realizam atividades em condições especiais durante sua vida laboral, buscando o benefício da aposentadoria em condições dignas, em condições física e mental de forma que seja possível efetivamente usufruir do referido e justo benefício.

Os dirigentes entregaram ao ministro um dossiê com documentos e argumentos sobre a importância da aposentadoria especial aos eletricitários.

Concessões

Com relação ao vencimento das concessões das distribuidoras de energia elétrica entre 2025 e 2031, os dirigentes solicitaram a intermediação do ministro para que os trabalhadores possam discutir as diretrizes na condução do processo junto ao governo federal.

Eles lembraram ao ministro Luiz Marinho que durante a década de 90 ocorreram processos de privatização e de licitações de concessões públicas de energia elétrica, nos quais, em grande maioria, as questões relativas ao trabalho foram relegadas, e os contratos versam, em síntese, somente sobre obrigações e garantias voltadas às questões técnicas e econômico-financeiras.

Nesse sentido, os trabalhadores querem que os contratos garantem aos trabalhadores o reconhecimento de sua relevância, através da manutenção de seus empregos e direitos adquiridos, a chamada sucessão trabalhista.

Um dos grandes problemas avaliados até aqui é que o contrato de concessão não faz menção à obrigação técnica da concessionária manter pessoal em quadro-próprio qualificado e em número suficiente para garantir a operação com segurança.

O ministro se comprometeu em defender a participação dos representantes dos trabalhadores e trabalhadoras nos dois temas.