Os trabalhadores e trabalhadoras da Caema se reuniram em Assembleia Geral no período de 08 a 10 de outubro em São Luís e regionais, para discutir demissão dos aposentados e desdobramentos, informes do PDV e outros informes.
Com participação significativa da categoria em todas as regionais, os trabalhadores e trabalhadoras majoritariamente expressaram sua indignação com o comportamento da diretoria da Caema.
As assembleias foram coordenadas pelos dirigentes José do Carmo, em Pedreiras, São João dos Patos, Barra do Corda e Presidente Dutra, Claudilson Goes e José Braga Neto, em Chapadinha e Itapecuru, Rodolfo César, Nilsomar Morais, Rosiane Castro, Aldecir Pires, Zenilde Brandão e Wítalo Serrão em Pinheiro e Santa Inês, Jurandir Oliveira, Aline Marques, Wellington Diniz e Joacy Pereira, em Imperatriz, Fernando Pereira e os demais diretores ficaram responsáveis pela mediação em São Luís.
Nada pode justificar a demissão cruel e intempestiva de pessoas que dedicaram 40/50 anos de sua vida à empresa. Os companheiros e companheiras eram chamados numa sala com vidro coberto mas aviso que estava sendo filmado e avisados que estavam demitidos e não precisavam mais vir na empresa a partir do dia seguinte. Felizmente, a assessoria jurídica do StiuMa conseguiu reverter através de liminar, numa decisão que é temporária mas foi muito importante.
Não bastasse a crueldade da demissão, a diretoria da Caema suspendeu o Plano de Demissão Voluntária (PDV), inicialmente previsto para abrir nesta semana (06 a 10/11), sem dar qualquer justificativa ou previsão concreta para o StiuMa, numa clara tentativa de intimidar e até se vingar do Sindicato e da categoria pela nossa ação política e jurídica imediata.
Na Assembleia de São Luís, após abertura e posicionamento do Stiuma, através do seu presidente Rodolfo César, o advogado Emílio Rocha informou o trâmite judicial da nossa ação em defesa dos aposentados demitidos. Ele explicou sobre a interpretação da lei que divide o poder judiciário entre a tese de 70 e 75 anos, frisou nossa importante vitória e alertou para o fato de que o processo continua tramitando, inclusive a Caema já entrou com recurso.
Os dirigentes sindicais também informaram sobre o processo de negociação que vinha em andamento com a Caema, quando a empresa tentou impor a discussão da aposentadoria compulsória aos 70 anos associada à discussão do PDV. O Sindicato rechaçou esse debate, disse que não discutiria nem aceitaria a demissão de aposentados de 70 anos, que se a Caema demitisse , iria pra Justiça travar uma batalha até o fim. Assim será.
A indignação e a revolta foi o tom da fala de todos os dirigentes e trabalhadores/as da base que se manifestaram. As incoerências da diretoria da Caema também foram lembradas: os problemas de gestão permanecem, as trapalhadas para resolver problemas básicos da manutenção são constantes, a diretoria continua trazendo para-quedistas, inclusive aposentados (reformados) da polícia, ou seja só os aposentados da própria empresa não servem mais.
Fonte: Ascom STIUMA