APARATO DO GOVERNO DO ESTADO É UTILIZADO PARA PERMITIR A PRIVATIZAÇÃO DA CEAL
O Sindicato dos Urbanitários de Alagoas vem a público repudiar veementemente, a operação de guerra que está sendo colocada em prática nesta terça-feira dia 06 de março de 2018, visando impedir o livre acesso da população a audiência pública marcada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, que discutirá a privatização da Eletrobras Distribuição Alagoas – CEAL.
O Sindicato foi informado que a Polícia Militar – PM está organizando uma força tarefa especialmente para agir durante este dia, visando impedir o acesso da população a audiência pública. Para isso, já foram emitidas notas do comando da PM, colocando batalhões inteiros a serviço desta operação, como o QUARTEL DO COMANDO GERAL – QCG, dispensando o pessoal de qualquer outra atividade neste dia e, determinando que todos estejam no local da audiência desde as primeiras horas da manhã, inclusive com a presença da cavalaria.
Se isso não bastasse, os moradores das ruas próximas a Escola da Magistratura – ESMAL, local onde ocorrerá a referida audiência, receberam informes da PM, avisando que neste dia eles precisam se identificar para transitar na localidade, caso contrário não terão acesso às suas residências e/ou local de trabalho, em uma grave afronta ao direito de ir e vir das pessoas.
Está clara a operação de guerra organizada pelo governo do Estado, a pedido do governo Michel Temer, visando impedir o acesso da população a referida audiência, evitando assim que o povo se manifeste livremente contra a privatização da CEAL, como ocorreu na primeira audiência, no dia 27 de fevereiro último.
O Sindicato dos Urbanitários repudia a utilização de dinheiro público gasto em uma operação que visa única e exclusivamente impedir a livre manifestação popular, calando a voz daqueles que se declaram contrários ao processo de entrega da maior empresa pública do estado de Alagoas, e que desejam denunciar os males da privatização deste importante e estratégico setor para a economia e para o povo em geral, que trará apenas aumento de tarifas e piora da qualidade dos serviços.
O Sindicato, os movimentos sociais e a população em geral exigem um posicionamento do governador Renan Filho, que não pode se calar em um momento decisivo para o povo alagoano, bem como contribuir com o arbítrio, a ditadura e o golpe montado contra a população, pois em todos os Estados onde essas empresas foram privatizadas, o povo sofreu sem poder pagar, já que a energia ficou muito mais cara, pois a lógica do capital privado é apenas o lucro, não tendo a visão e o compromisso social de garantir energia para todos.
O Sindicato, os movimentos sociais e a população alagoana esperam poder ter acesso ao evento, sem violência, de forma democrática, para poder expressar livremente o que pensam sobre este processo, garantindo assim, na forma da lei, que o objetivo maior de uma audiência pública seja respeitado, permitindo o debate e a pluralidade de ideias. (fonte: Ubanitários-AL)